Autor dos disparos que mataram advogados dentro do próprio escritório vai a júri nesta terça-feira

Um dos quatro acusados de envolvimento na morte dos advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, será julgado por um júri popular. O julgamento de Pedro Henrique Martins Soares ocorrerá no auditório do Fórum Cível de Goiânia a partir das 8h30. 

A sessão do júri popular deve ser presidida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. A assistência de acusação é patrocinada pelos advogados Luís Alexandre Rassi e Tadeu Bastos.

Os outros três réus interpuseram recursos contra a decisão de pronúncia. Entre eles o fazendeiro Nei Castelli, acusado de ser o mandante do assassinato, ocorrido dentro do escritório onde trabalhavam, no Setor Aeroporto, em Goiânia, em 28 de outubro de 2020.

Denúncia

De acordo com a peça acusatória, o fazendeiro teria ordenado o assassinato depois de perder uma ação que o obrigava a pagar às vítimas, a título de honorários sucumbenciais, o valor de R$ 4,6 milhões. Inconformado, ele entrou em contato com Cosme Lompa Tavares na tentativa de encontrar alguém para o homicídio. Lompa, então, teria escolhido Pedro Henrique, responsável pelos disparos que mataram os advogados, conhecido pela prática de diversos crimes no Tocantins, e teria acertado com ele a execução.

Além disso, prestou-lhe apoio antes e após o cometimento dos assassinatos, transportando os executores e garantindo que se hospedassem em Goiânia, uma vez que eles são do Estado do Tocantins. Namorada de Pedro Henrique, Hélida Ribeiro Gomes teria negociado a recompensa pelo crime e, mais tarde, Pedro Henrique teria acertado com Jaberson Gomes (morto poucos dias depois do crime em confronto com a Polícia), para lhe ajudar no assassinato. Castelli teria oferecido R$ 100 mil aos dois, caso saíssem impunes, e R$ 500 mil, se fossem presos em decorrência da empreitada.