Justiça atende Polícia Civil e manda iFood informar dados de cliente que chamou entregador de macaco

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A Justiça de Goiás acatou nesta segunda-feira (9) o pedido feito pela Polícia Civil de quebra de sigilo de todos os dados da usuária do iFood que chamou um entregador da plataforma de macaco, em Goiânia, há 15 dias. A medida vai permitir que a PC possa dar continuidade à investigação do crime.

O iFood avisa em nota que já recebeu a ordem judicial e, seguindo a legislação vigente, diante do Marco Civil da Internet, enviará as informações disponíveis dentro do prazo requerido. A empresa reitera que repudia o racismo e atos de discriminação racial e que continua à disposição das autoridades para a investigação. O aplicativo baniu a usuária.

O alvo das mensagens racistas foi o entregador Elson Oliveira, de 39 anos. Ele foi levar sanduíches para uma cliente na noite de 25 de outubro, em um condomínio fechado mas o endereço estava incompleto no cadastro. Por isso, a gerente da hamburgueria, Ana Carolina Gomes, enviou uma mensagem pelo chat do aplicativo pedindo o número da quadra e do lote, além da permissão para a entrada do funcionário no local em que mora. A cliente no entanto pediu outro entregador pois não queria negro no condomínio (veja abaixo).

Diante da resposta, a gerente cancelou o pedido, dizendo que não aceitaria o ato de racismo. Ela conta que teve até dificuldade em relatar a situação ao entregador. “Ele chegou aqui e disse: ‘Ah, é difícil a pessoa não querer que eu entregue porque eu não sou branco’”, contou.