Adolescentes que torturaram e tentaram matar amiga em Trindade serão ouvidas hoje

A audiência de continuação do caso em que três jovens são acusadas de torturar e tentar matar outra adolescente em Trindade será realizada nesta quinta-feira (27) às 13h30, na 1ª Vara Cível e Infância e Juventude, no fórum da referida cidade.

A juíza Karine Spinelli, que acompanha o caso, foi quem determinou a transfarência das  quatro menores apreendidas suspeitas de agredir e torturar uma adolescente de 14 anos para os Centros de Internação de Menores Infratores de Goiânia e Formosa. A tortura durou cerca de quatro horas.

As adolescentes estudam juntas em uma escola pública de Trindade. Na tarde do último dia 27, elas atrairam outra menor de 14 anos a casa de uma delas. A justificativa é que teria uma festa no local. Chegando lá a adolescente foi amarrada, espancada e torturada por quatro meninas com idades que variam entre 13 e 16 anos. Ela conseguiu escapar, sendo ajudada por uma vizinha, e denunciou o caso à Polícia. Um vídeo mostrando a tortura foi gravado pelas jovens.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou representação contra as menores infratoras, alegando que o crime foi motivado por ciúmes já que a vítima teria se interessado por um ex-namorado de uma das agressoras, e a juíza acatou. Elas devem permanecer nos Centros por pelo menos 45 dias até que a Justiça julgue o caso. “Nesse período, temos que encerrar o processo. Ao final será proferida uma sentença que vai decidir pela absolvição das meninas ou pelo pedido de internação das quatro”, explica Karine Spinelli.

Segundo a juíza, em depoimento, as meninas confessaram o crime com riqueza de detalhes. No momento da tortura apenas três das agressoras estavam no local. A quarta envolvida, que também ajudou a planejar a tortura, chegaria só no final para executar a vítima.

“Elas confessaram o crime com muita frieza e sem demonstrar nenhum arrependimento. Segundo relataram, a quarta agressora chegaria mais tarde para matar e ajudar a enterrar a vítima. Inclusive ela teria pedido às outras menores, que caso a vítima morresse antes da sua chegada, elas deveriam cortar o dedo da menor para provar que ela estava morta”.