Promotor de Justiça que chefiava a CSI e o Gaeco se aposenta e assume cargo estratégico no Ministério da Justiça

O promotor de Justiça Rodney da Silva, após 26 anos de atuação no Ministério Público de Goiás (MPGO), se aposentou na última semana para assumir o cargo de diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A portaria de nomeação, de 6 de março, foi publicada no Diário Oficial da União, Ano LXV, n° 46, na quinta-feira (7/3). Com isso, o promotor de Justiça Carlos Luiz Wolff de Pina assumiu a chefia da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Rodney da Silva ingressou no MPGO em 1998. Foi coordenador de Inteligência e Segurança Institucional da instituição entre 2009 e 2011 e do Centro Integrado de Investigação e Inteligência de 2019 aos dias de hoje. Antes, ocupou outros cargos diretivos, como o de subprocurador-geral para Assuntos Administrativos e de coordenador do Gabinete de Planejamento e Gestão Integrada.

“Este é um momento ímpar na minha vida, é uma situação diferente e eu tenho vontade de produzir”, comentou Rodney da Silva sobre a nova etapa da carreira. A Senasp, cujo titular é o procurador de Justiça aposentado de São Paulo Mário Sarrubo (ex-procurador-geral do MP paulista), é uma das secretarias mais importantes do Ministério. A Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência é a que conta com maior estrutura dentro da secretaria e do Ministério da Justiça.

“Isso não me traz vaidade, ao contrário, me traz uma responsabilidade imensa porque não temos o direito de errar. Foi isso que falei a Sarrubo, ao receber o convite para dirigi-la”, ressaltou o promotor de Justiça.

Currículo

Entre 2003 e 2007, Rodney da Silva foi coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado na unidade de Catalão. Em 2007, foi coordenador do então Centro de Apoio do Controle Externo da Atividade Policial e, em 2008, assumiu o Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado.

Simultaneamente à coordenação de Inteligência e Segurança Institucional, entre 2009 e 2011, também foi responsável pela implantação e coordenação do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro no MPGO e chefiou o Grupo de Segurança Institucional, Tecnologia da Informação e Crimes Cibernéticos do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas nos anos de 2010 e 2011.

Em 2011 e 2012, atuou na coordenação de Planejamento e Gestão Integrada do MPGO e foi membro colaborador, neste mesmo período, da Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo do CNMP. De 2012 a 2013, foi membro colaborador da Comissão de Controle Administrativo e Financeiro do CNMP.De 2013 a 2016, Rodney da Silva exerceu o cargo de subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Administrativos do MPGO.

Confira as atribuições da diretoria assumida pelo goiano

Conforme dispõe o Decreto 11.348/2023, à Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, cargo que Rodney da Silva assume, compete:

I – assessorar a secretaria nas atividades de inteligência e operações policiais, com foco na integração com os órgãos de segurança pública federais, estaduais, municipais e distritais;
II – implementar, manter e modernizar redes de integração e de sistemas nacionais de inteligência de segurança pública;
III – promover a integração das atividades de inteligência de segurança pública, em consonância com os órgãos de inteligência federais, estaduais, municipais e distritais que compõem o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública;
IV – coordenar o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional e promover a integração dos centros integrados de comando e controle regionais;
V – subsidiar o secretário na definição da política nacional de inteligência de segurança pública quanto à doutrina, à forma de gestão, ao uso dos recursos e às metas de trabalho;
VI – promover, com os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência, a integração e o compartilhamento de dados e conhecimentos necessários à tomada de decisões administrativas e operacionais por parte da secretaria; e
VII – propor ações de capacitação relacionadas com a atividade de inteligência de segurança pública, a serem realizadas em parceria com a Diretoria de Ensino e Pesquisa. Com informações do MPGO