Coletores de lixo e Comurg não entram em acordo sobre salários

Terminou sem acordo a audiência de conciliação em Dissídio Coletivo de Greve realizada na tarde desta sexta-feira, 1º/7, na sala de sessões do Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região em Goiânia. A audiência havia sido designada na última terça-feira, 28/6, pelo desembargador Platon Teixeira Filho, ao deferir liminar determinando a imediata liberação dos acessos aos aterros sanitários da capital, que haviam sido bloqueados por um grupo de coletores de lixo no início da semana.

A audiência de conciliação teve a participação de dezenas de trabalhadores na coleta de lixo, de representantes do Ministério Público do Trabalho, da prefeitura de Goiânia e da Comurg, do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Ambiental, Coleta de Lixo e Similares do Estado de Goiás (Seacons), do Movimento dos Trabalhadores da Comurg e de advogados das partes.

O representante do movimento dos coletores de lixo, Paulo Oliveira, explicou que a principal reivindicação dos trabalhadores é o piso salarial de R$ 1.300,00 na carteira e a incorporação imediata de uma gratificação sobre o valor desse piso.

O chefe de gabinete da Prefeitura de Goiânia, Paulo César Fornazier, argumentou que a Prefeitura não tem condições de atender todas as reivindicações dos trabalhadores, dada a escassez de recursos financeiros e a crise econômica que atinge o país. Fornazier ainda ressaltou que não são todos os coletores que participaram da paralisação no início da semana, mas uma minoria.

Depois de ouvir todos os lados, o desembargador Platon Teixeira Filho, que presidiu a audiência, sugeriu que seja realizada primeiramente uma reunião entre os coletores, o Seacons e a Comurg e, posteriormente, outra reunião entre os varredores, Seacons e Comurg, ambas no Paço Municipal, em Goiânia, para tratar das reivindicações de melhorias salariais com os trabalhadores, já que na audiência os coletores e varredores não entraram em consenso em relação aos salários reivindicados.

Também foi firmado um compromisso por parte da Comurg de que os trabalhadores envolvidos no movimento de paralisação não sofrerão retaliações. Durante a audiência no TRT, alguns coletores reclamaram de ameaças de corte de ponto.

Paulo Oliveira, do movimento dos coletores, assegurou que os trabalhadores não farão nenhuma paralisação nem bloqueio aos aterros sanitários da capital até que seja feita uma nova reunião para discutir as reivindicações salariais na Prefeitura. “Estamos abertos ao diálogo e vamos esperar a reunião no Paço Municipal na semana que vem”, frisou.

Fonte: TRT-18