Mulher de João de Deus nega que soubesse das armas achadas na residência do casal

Imagem da audiência, que não pode ser acompanhada pois Ana Keyla não quis que sua imagem fosse registrada
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A mulher de João de Deus, Ana Keyla Teixeira Lourenço, negou durante audiência nesta quinta-feira (4) que tinha conhecimento das armas encontradas na casa dela e do médium, em Abadiânia. A sessão, que teve início às 13h30 e terminou agora a pouco, é relativa ao processo na qual ela é acusada, junto com o marido, por posse ilegal de armas de fogo.

Ana Keyla negou à juíza Rosângela Rodrigues que tivesse conhecimento das armas e que só soube da existência de uma arma na sua gaveta de roupas íntimas no dia do seu depoimento sobre o caso. Que não tolera armas e que não permitiria elas em casa por causa da filha pequena. Também disse que não morava mais na casa onde as armas foram encontradas e que esta residência era apenas um apoio. Desde a doença de João de Deus, eles viviam em Anápolis.

No entanto, a testemunha Maria de Fátima Lobo, também ouvida nesta quinta-feira, que trabalha na casa de João de Deus há 8 anos, afirmou que no quarto onde foram achadas as armas existiam dois guarda-roupas e que arma achada estava na gaveta daquele que era usado por João de Deus e as outras numa caixa de madeira. O outro armário seria usado por Ana Keyla. Respondendo a uma pergunta do promotor, ela disse que não há a menor possibilidade das armas terem sido colocadas nesses locais por outras pessoas. Ela reforçou ainda que as armas estavam muito bem guardadas, dentro de várias sacolas plásticas.

A juíza Rosângela Rodrigues havia expedido carta precatória para que João de Deus fosse ouvido aqui em Goiânia, onde está internado. Mas a defesa quer que ele seja inquirido em Abadiânia, em momento oportuno, após o restabelecimento da saúde. Além de Ana Keyla, foram ouvidos Maria de Fátima e Lúcio Cardoso. As outras testemunhas foram dispensadas pela defesa.

João de Deus também era esperado na audiência, visto que também é réu no processo. No entanto, o Grupo de Escolta Penitenciária informou ao Tribunal de Justiça de Goiás que, em razão do estado de saúde do médium, que está internado no Hospital Neurológico, ele não poderia comparecer. Os advogados de defesa de João de Deus que acompanharam a audiência, Renato Marques Martins e Alex Neder, afirmaram que o médium está “muito doente e depressivo”.