Juiz marca para 30 de agosto júri de acusados de atentado contra o advogado Walmir Cunha

Escritório do advogado ficou destruído pela explosão da bomba; Walmir Cunha sofreu lesões graves

O juiz 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri marcou para o dia 30 de agosto deste ano o julgamento dos irmãos Ovídio e Valdinho Rodrigues Chaveiro, acusados de mandar uma bomba para o advogado Walmir Oliveira da Cunha, em julho de 2016. O artefato explodiu quando foi aberto pelo causídico, no seu escritório localizado no Setor Marista, em Goiânia, em 15 de julho de 2016. Ele teve ferimentos graves, que o deixaram sem três dedos e parte da mão esquerda, queimaduras no abdome e fratura no pé esquerdo.

Os irmãos são policiais federais aposentados e vão ser julgados por um júri popular por tentativa de homicídio triplamente qualificado com as qualificadoras de motivo torpe, crime cometido com emprego de explosivo e dissimulação. Testemunhas reconheceram por meio de fotografias nos autos Ovídio como sendo a pessoa que entregou o artefato explosivo para ser entregue ao advogado. Ele foi levado ao escritório por um motoboy contratado para a tarefa. Ele não teve participação no caso.

Segundo apurado nas investigações, os acusados teriam ficado insatisfeitos com a boa atuação de Walmir Cunha em uma ação que tramitava em das varas de família da capital. Ele representava um cliente, que demandava contra a filha de um dos envolvidos. Imagens gravadas por uma câmera de vídeo no Setor Jardim Guanabara registraram o momento em que o motoqueiro foi contratado para levar o artefato ao escritório do advogado. As cenas foram fundamentais para identificação dos envolvidos.