Homens têm maior reajuste salarial que mulheres

A diferença salarial por gênero é um impasse que mercado ainda não conseguir resolver. Que os homens sempre ganharam mais que as mulheres não é novidade, mesmo em atividades iguais, embora essa diferença esteja sento reduzida com o passar dos anos. Uma pesquisa realizada pelo site de empregos Catho constatou ainda que em geral, os homens também ganham mais aumento de salário que as mulheres.

A pesquisa contou com 53.622 respondentes de 1677 mil municípios de todo o Brasil e mostra que 34,5% dos entrevistados tiveram aumento de salário. A pesquisa foi feita no período de 24 de fevereiro a 18 de março de 2013. Quando o recorte é por gênero, 35,9% dos homens dizem ter conseguido maior remuneração, contra 32,3% das mulheres. Em geral, a premiação por bom trabalho/performance é o motivo mais comum do aumento.

Os dados foram apresentados na semana passada pela diretora de RH da Catho, Telma Souza, durante o 40º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (Conarh), em São Paulo. Telma reforça que é muito comum as mulheres terem que se posicionar para conseguir um reconhecimento salarial. “Os homens muitas vezes recebem aumento pelo potencial e as mulheres, por vezes, só depois que demonstram que merecem”, ressalta a diretora.

Maternidade

A especialista também falou dos desafios de conciliar carreira e vida pessoal. “Este é um tema que toda mulher debate. Como dar atenção a filhos, casa e também ao trabalho. O importante é traçar prioridades e saber os seus limites”, ressalta.

Outro ponto interessante é quanto ao que é mais valorizado por homens e mulheres, além da remuneração. Para as profissionais, assistência médica e auxílio alimentação/refeição tem um peso relevante. Para eles, assistência médica também é importante, assim como participação nos lucros.

Telma explica que esta preocupação feminina com os benefícios, como assistência médica e auxílios alimentação, está muito relacionada ao cuidado com a casa e filhos. Ela reforça que é muito comum a mulher escolher o melhor momento para ser mãe conforme a carreira. Do total de entrevistadas, 53% afirmaram ter deixado o mercado de trabalho para ser mãe. Em média, a mulher demora de um a dois anos para retornar ao mercado de trabalho.

Vínculos

Entre outras novidades apontadas, a pesquisa constatou que os homens usam mais seus vínculos de amizade tanto quando buscam emprego quando um novo funcionário. Segundo os dados, 50,8% dos homens convidaram profissionais dos empregos anteriores, ex-colegas de trabalho, para trabalharem em um novo emprego. Apenas 40,1% delas lembraram-se dos ex-colegas.

Quanto maior o nível hierárquico mais comum é o hábito de convidar profissionais de empregos anteriores. Já com relação aos que receberam convites, os homens aceitaram 36,2% das propostas feitas por ex-colegas enquanto com elas o percentual foi de 31,3%. Profissionais mais experientes aceitam com maior frequência as propostas feitas por ex-superiores ou ex-colegas de trabalho. Do total de respondentes, 56,6% estão empregados; sendo que 35,9% são de grandes empresas (com mais de 500 funcionários). (Com assessoria da Catho)