Demóstenes Torres e outros 10 advogados deixam defesa do ex-ministro Anderson Torres

Demóstenes Torres e outros 10 advogados deixaram a defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal. A decisão foi tomada na noite dessa segunda-feira (6) durante uma reunião com os demais advogados. “Foi uma decisão coletiva”, explicou Demóstenes, que é ex-senador por Goiás.

Demóstenes, que é especialista em Direito Penal e Processo Penal, entrou no grupo de advogados em janeiro. Anderson Torres teve a prisão decretada após o ato antidemocrático que terminou na invasão do Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, em 8 de janeiro.

Já Rodrigo Roca, que também já atuou na defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e liderava a equipe segue representando o ex-ministro, que na semana passada teve a prisão preventiva mantida pelo ministro Alexandre de Morais. Para magistrado do STF, permanecem presentes os requisitos que embasaram a prisão, referendada pelo Plenário do Supremo.

Além da acusação de que houve omissão e conivência do ex-ministro ao não atuar para conter os terroristas e evitar a destruição nas sedes dos poderes da República, na residência de Torres foi encontrada pela Polícia Federal uma proposta de decreto para que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurasse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral.

Em depoimento prestado no dia 2 de fevereiro passado, Torres alegou que recebeu a minuta golpista em seu gabinete no Ministério da Justiça, mas alegou que que não tem ideia de quem a elaborou. Afirmou ainda que considerava o documento “totalmente descartável” e que se tratava de uma proposta sem “viabilidade jurídica”.