Comissão recomenda demissão de padre Luiz dos quadros da Assembleia Legislativa

padre luiz

A Comissão de Processo Administrativo da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) recomendou nesta sexta-feira (17) a demissão do padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, apontado como servidor fantasma do órgão. O relatório final do caso já foi entregue ao presidente da Casa, deputado Hélio de Sousa (DEM), e requer ainda que o pároco devolva todos os valores recebidos de forma irregular.

Se o presidente da AL aceitar a recomendação, o padre deixa ser funcionário assim que a demissão for publicada no Diário Oficial. Caso contrário, ele segue no quadro de pessoal. O presidente tem 45 dias para se pronunciar sobre o caso.

Conhecido por arrastar multidões às suas missas, Padre Luiz foi admitido em 1980 na Assembleia Legislativa e, segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), teria recebido até agora, R$ 3 milhões sem prestar os serviços pelos quais foi contratado. Porém, o montante a ser devolvido, segundo o MP, pode aumentar por conta de juros e multas.

O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Eduardo Tavares dos Reis, determinou o bloqueio dos bens no valor de quase R$ 12,5 milhões do padre. Quando foi ordenado como sacerdote, em 1995, deixou de cumprir suas funções no poder público, mas continuou recebendo o salário, que atualmente é de R$ 11,8 mil bruto.

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