Atuação do MPF e da SRTE leva à substituição de armamento defeituoso da PM/GO

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás concluiu, na quinta-feira (17), inquérito civil instaurado para apurar eventuais ações ou omissões da União e do estado de Goiás com relação ao uso de 2,5 mil pistolas (modelo PT 24/7 PRO D) da fabricante Forjas Taurus, usadas pela Polícia Militar de Goiás (PM/GO). Em função de defeitos irreparáveis, o armamento representava um risco à segurança e à vida de policiais e de cidadãos.

Na sua conclusão, o MPF aponta que o Estado de Goiás já recebeu da fabricante das armas 2 mil novas pistolas (modelo PT 92 AF) para uso da tropa, em substituição às anteriores, que foram interditadas pela Auditoria de Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) em outubro de 2017. As armas com defeito serão encaminhadas pela fabricante para destruição.

A resolução do caso só foi possível, de acordo com o procurador da República Ailton Benedito, devido à atuação conjunta do MPF e da SRTE/GO (equipe coordenada pela auditora do Trabalho Jacqueline Carrijo) que trabalharam por mais de um ano a fim de obter a solução definitiva do problema de responsabilidade do estado de Goiás e da Forjas Taurus. “A utilização de arma de fogo segura é medida que se impõe. Para o policial, trata-se de equipamento de proteção pessoal, de defesa da sua vida e integridade física, bem como de defesa da sociedade”, assevera o procurador.

Entenda o caso – Desde outubro de 2017, o MPF atua sobre os desdobramentos da interdição do armamento, realizada em conjunto com o Ministério do Trabalho, em razão de mau funcionamento, disparos involuntários e lesões causadas a policiais. Em julho do ano passado, membros do MPF reuniram-se com os então governador e secretário de segurança pública de Goiás para tratar da inutilização e substituição das 2,5 mil pistolas. Finalmente, no segundo semestre de 2018, todas as armas com defeito foram substituídas por armas novas e adequadas à atividade policial.