A estudante universitária Dâmaris Alves possui cartão de crédito desde os 18 anos e conta que chegou a usar cheques por pouco tempo, mas que dá preferência para o cartão e para os outros meios eletrônicos de pagamento. Ela explica que a opção pelo cartão tem dois motivos: praticidade e segurança. “Uso o cartão de crédito para as compras de valores mais altos e para as compras do dia a dia, uso a função de débito. Quase não ando com dinheiro e até para viajar para o exterior levei pouquíssimo dinheiro em espécie e usei meu cartão de crédito normalmente”, completa.
A estudante faz parte dos quase 80% dos brasileiros que utilizam algum meio eletrônico de pagamento. Segundo a 6ª pesquisa sobre mercado de cartões, realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), a posse de cartões de crédito, de débito e de loja entre a população do País subiu de 68%, em 2008, para 76%, em 2013. Percentuais que representavam 16 milhões de pessoas há cinco anos e hoje o total de pessoas a partir dos 18 anos que usam algum meio eletrônico de pagamento subiu para 20,4 milhões. A pesquisa registrou a opinião de quatro mil consumidores e responsáveis por estabelecimentos em 11 capitais brasileiras.
Débito
A pesquisa mostra que os meios eletrônicos de pagamento já respondem por 50% do volume financeiro gasto por mês pelo brasileiro. Outro dado apresentado é que do tipo de cartão que consumidores possuem o campeão em posse é de débito, com 64%. Esse número pode ser explicado pelo fato de que os cartões de emitidos pelos bancos para saque e movimentação da conta praticamente todos vêm com função de débito. 50% dos entrevistados disseram ter o cartão de crédito, e 27% possuem cartão de loja, que possibilitam a compra no crediário do estabelecimento, alguns possuem programas de fidelidade, entre outras funções.
Dentre os entrevistados, os consumidores com maior poder aquisitivo, das classes A e B, são os que mais possuem cartões com a função de crédito, que corresponde a 90%. Em seguida, estão a classe C, com 70%, e as classes D e E, com 42%. O índice também é maior entre a população com nível superior de escolaridade (93%) e faixa de idade entre 25 e 44 anos (82%). Além disso, a posse de cartões é levemente maior entre os homens, com 77%, em relação ao registrado entre as mulheres, 75%. A participação do dinheiro no pagamento foi reduzida de 43% para 37% e a do cartão de débito subiu de 19% para 23%
Hábito
O hábito de usar cartão está cada vez mais arraigado entre os consumidores brasileiros, isso não é diferente em Goiás. De acordo com a pesquisa, o uso habitual dos cartões subiu de 66% em 2008 para 72% em 2013. Os itens mais adquiridos por esses meios são eletrodomésticos e móveis, com 73%. Depois aparecem estadias em hotéis, roupas, calçados e joias, com 71%. Em seguida vêm bilhetes de viagens (68%), materiais para construção (67%), combustível (60%) e alimentos (56%).
Uso consciente do cartão
A pesquisa também levanta indicadores sobre o consumo consciente por meio do cartão de crédito. Em 2008, quase metade (49%) dos usuários de cartão já havia deixado de pagar o valor integral da fatura na data de vencimento. Esse índice caiu consideravelmente para 31% em 2013. Dentre esses, 78% disseram já ter quitado a dívida em questão.
Ao ouvir comerciantes afiliados nas 11 capitais brasileiras, constatou-se que os meios eletrônicos de pagamento, juntos, respondem por mais da metade do faturamento dos estabelecimentos, com 54% de participação. Depois do dinheiro em espécie (35%), o cartão de crédito é o meio que possui a maior fatia, com 31%, seguido pelo cartão de débito, com 22%. Fonte: Jornal O Hoje
