Os dois últimos condenados por envolvimento na morte do radialista Valério Luiz de Oliveira tiveram a prisão decretada para início do cumprimento da pena imposta pelo júri popular em novembro do ano passado: Urbano de Carvalho Malta, de 45 anos, e Marcus Vinícius Pereira Xavier, 40. Dois outros já estão presos. Maurício Sampaio, 65, acusado de ser o mandante do assassinato e o executor do crime, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, 51.
A determinação é da prisão é do juiz Lourival Machado Costa, que afirma que se baseou na decisão do Supremo Tribunal Federal, que decidiu que a soberania das decisões do Tribunal do Júri, prevista na Constituição Federal, justifica a execução imediata da pena imposta. Dessa forma, condenados por júri popular podem ser presos imediatamente após a decisão.
Antes da decisão do STF, o entendimento da Justiça era o de que pessoas com condenações inferiores a 15 anos de prisão poderiam aguardar o trânsito em julgado em liberdade. Urbano e Marcos Vinícius foram sentenciados a 14 anos de reclusão. Já os outros dois acusados pegaram 16 anos de reclusão. O acusado Djalma da Silva foi o único absolvido.
Valério Luiz foi morto em 2012 enquanto saía da emissora de rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. A motivação do crime teria sido as críticas feitas pelo jornalista contra a direção do Atlético-GO, time no qual Sampaio foi presidente.