Prefeito de Acreúna é denunciado por corrupção, organização criminosa e fraude à licitação

A Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos ofereceu denúncia contra chefe do Executivo de Acreúna Edmar Oliveira e mais seis pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de verba pública e fraude a licitações.

As licitações irregulares apuradas pelo Ministério Público dizem respeito à contratação de uma empresa para prestação de serviços de transporte escolar e o aluguel de dois veículos, um para transporte de pacientes do Sistema Único de Saúde e outro para atender o gabinete do prefeito. A ação foi assinada pelo coordenador da Procuradoria, João Teles de Moura Neto, e pelos promotores de Justiça auxiliares Sandra Monteiro de Oliveira Lima e Sandro Henrique Silva Halfeld Barros.

A ação penal ajuizada no dia 19 de dezembro de 2018 é um desdobramento da Operação Escola Régia, deflagrada em julho de 2017, e aborda crimes praticados desde 2014. A operação investigou o funcionamento de uma organização criminosa que tinha como meta fraudar licitações, falsificar documentos públicos e corromper servidores em vários municípios goianos. Após a prisão de alguns membros desse grupo, os participantes declararam que o prefeito era, na verdade, chefe da organização criminosa no município de Acreúna.

Veja abaixo os denunciados na ação e a relação dos respectivos crimes imputados pelo MP-GO:

-Edmar Oliveira Alves Neto, prefeito de Acreúna: organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, fraude à licitação e crime de responsabilidade (desvio de verba pública);
-Pablo Borba Ferreira, vereador de Acreúna: corrupção ativa, fraude à licitação;
-Eliel Gomes de Miranda Borges, servidor público de Acreúna: fraude à licitação;
-Fernandes Chaves de Amorim, sócio da empresa L.S e Silva Transportes: fraude à licitação, crime de responsabilidade (desvio de verba pública);
-Nauana Carla Lemes Lima, cônjuge de Fernandes Chaves e sócia da L.S e Silva Transportes: fraude à licitação, crime de responsabilidade (desvio de verba pública);
-Leonardo Souza e Silva, empresário: fraude à licitação;
-Franciel Braganholo, empresário: fraude à licitação