Polícia indicia agricultor e mais três por envolvimento na morte de advogados em Goiânia

A Polícia Civil indiciou, nesta quinta-feira (3), quatro pessoas por envolvimento no assassinato dos advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, dentro do próprio escritório, no Setor Aeroporto, em Goiânia. As investigações apontaram que o crime, cometido há um mês, foi encomendado por um agricultor que perdeu um processo de posse de terra, localizada no município de São Domingos, declarada no valor de R$ 46 milhões, para uma pessoa representada na Justiça pelos causídicos assassinados.

O delegado Rhaniel Almeida, responsável pelo caso, indiciou o agricultor Nei Castelli, de 58, por ser o mandante. Ele vai responder por duplo homicídio qualificado por cometer o crime por motivo fútil e impossibilitar a defesa das vítimas. Ele foi preso em 17 de novembro, em Catalão.

Outro indiciado é Pedro Henrique Martins. Ele foi indiciado por roubo – já que levou R$ 2 mil das vítimas – e por duplo homicídio qualificado por cometer o crime sob promessa de pagamento e por impossibilitar a defesa das vítimas. Ele é apontado como autor dos disparos contra as vítimas e foi preso em Porto Nacional (TO), em 30 de outubro. Já Jaberson Gomes é suspeito de marcar horário com os advogados e acompanhar Pedro Henrique no dia do crime. Mas como foi morto em confronto com a PM de Tocantins em 30 de outubro não há indiciamento neste caso.

Hélica Ribeiro Gomes, namorada de Pedro Henrique, presa em 9 de novembro, em Porto Nacional (TO), foi indiciada por favorecimento pessoal, já que é apontada como responsável por ajudar o namorado após o crime. Cosme Lompa Tavares, por sua vez, é apontado pela polícia como o responsável por intermediar a negociação e contratar os executores do crime. Preso em 9 de novembro em Palmas (TO), ele também foi indiciado por roubo e duplo homicídio qualificado por cometer o crime sob promessa de pagamento e por impossibilitar a defesa das vítimas.

Defesa
Advogado do agricultor, Carlos Fauze informou, por meio de nota, que as investigações “não foram capazes de apresentar elementos concretos que demonstrem a participação de seu constituinte nos fatos apurados”. Segundo ele, a defesa vai “demonstrar outra versão dos fatos que, decerto, será capaz de desconstituir os elementos de convicção trazidos no inquérito”.

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