Justiça libera suspeitos de fraude em concurso para delegado durante audiência de custódia

Durante audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira, os cinco suspeitos de envolvimento nas fraudes do concurso para delegado substituto da Polícia Civil de Goiás foram postos em liberdade pelo juiz Oscar Sá de Oliveira Neto. O magistrado entendeu que os autos de prisão em flagrante não apresentaram elementos suficientes para justificar a manutenção da custódia e tão pouco para fundamentar os crimes pelos quais estão sendo investigados.

O juiz  decidiu pela soltura do médico Antônio Carlos da Silva Francisco, apontado como aliciador do esquema, além do bacharel em Direito Armando Colodeto Júnior, o contador Fábio Alves de Oliveira, o ex-vereador de Palmeiras de Goiás, Magno Marra Mendes e Suzane Fonseca dos Santos, que supostamente teriam adquirido as vagas.

A Polícia Civil havia afirmado que três dos suspeitos tinham confessado o crime. No entanto, na audiência, nenhum deles confirmou relação com a fraude. Além disso, segundo o magistrado, não ficou comprovado que os suspeitos participavam de uma organização criminosa especializada em fraudes em concursos públicos. Por conta disso, ele explicou na decisão que isso pesou para colocá-los em liberdade.

Os investigados estavam presos desde domingo (12),  quando a Polícia Civil deflagrou operação para apurar denuncias de fraudes. Na ocasião, estavam sendo realizada as provas discursivas do certame, que foi suspenso na segunda-feira (13). O concurso oferece 36 vagas para bacharéis em Direito. O salário para o cargo é de R$ 15.250,02 para uma jornada de 40 horas semanais.

O concurso para delegado já era investigado pela polícia Civil quando o MP também passou a pautar supostas irregularidades nas notas do candidatos que realizaram a primeira fase do certame. O concurso foi iniciado no segundo sementes de 2016 pela Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan).