Governo de Goiás nomeia 230 concursados da Polícia Técnico-Científica

O governador Marconi Perillo e o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), José Eliton, empossam, às 10h de segunda-feira (2/5), no auditório do Instituto Tecnológico do Estado de Goiás em Artes (Itego) Basileu França, em Goiânia, 230 concursados da Superintendência de Polícia Técnico-Científica. São 75 médicos legistas, 30 auxiliares de autopsia e 125 peritos criminais que serão lotados no Instituto de Medicina Legal, nos 13 laboratórios do Instituto de Criminalística e, também, nos 13 núcleos de Polícia Técnico-Científica em cidades do interior do estado.

Com as nomeações, o governo eleva em quase 70% o número de servidores da Polícia Técnico-Científica da Secretaria de Segurança Pública, dando mais celeridade ao trabalho de análises e à emissão de laudos médicos e periciais. Também garante a presença desses profissionais em cada um dos núcleos descentralizados, permitindo equilibrar as escalas de plantão no interior. A Superintendência de Polícia Técnico-Científica vinha atuando com 93 médicos legistas, 90 auxiliares de autópsia e 148 peritos para atender todo o estado. O quadro passa de 331 para 561 servidores.

O aumento do efetivo das forças de Segurança Pública do estado de Goiás foi um dos primeiros compromissos assumidos pelo vice-governador e secretário José Eliton. Para ele, a contratação dos peritos e legistas dará uma nova dimensão ao trabalho de alta complexidade realizado pela Polícia Técnico-Científica. São esses servidores da Segurança Pública os responsáveis por analisar locais de crimes, objetos e corpos de delito para fundamentar os inquéritos com provas de crimes e emissões de laudos médicos e periciais.

Fortalecimento
A superintendente de Polícia Técnico-Científica, Rejane Silva Sena Barcelos, ressalta que as nomeações dos novos profissionais vêm fortalecer todas as unidades da Polícia Técnico-Científica no estado. “Mais importante que abrir novos núcleos é consolidar os que já existem, melhorando a qualidade do atendimento à população e às forças policiais”, afirma. Outro grande desafio, segundo ela, é reduzir o tempo de atendimento na região metropolitana, onde a demanda é maior.

Segundo a superintendente, os 230 policiais nomeados irão passar por uma formação em serviço de cerca de 300 horas. “Pelas peculiaridades de cada profissão, acreditamos que os médicos legistas e auxiliares de autópsia terão um treinamento menor, pela especificidade do trabalho e preparação que trazem consigo, enquanto que os peritos criminais, que atuarão sozinhos em situações as mais diversas, vão ter um treinamento um pouco maior”, explicou.

Na central da Polícia Técnico-Científica em Goiânia, funciona a Medicina Legal, com sua antropologia legal e odontologia forense; e o Instituto de Criminalística com os 13 laboratórios: Biologia e DNA Forense; Drogas; Toxicologia Forense; Análise Instrumental; Balística Forense; Papiloscopia Forense; Informática Forense; Meio Ambiente; Documentoscopia Forense; Áudio e Vídeo; Merceologia Forense; Autenticidade e Vistoria; e Identificação Veicular. Em todas essas unidades, trabalham 60 peritos em expediente e equipes de plantão que atendem 24 horas ininterruptamente todos os dias, o ano inteiro, nas análises de objetos e amostras biológicas vinculadas a crimes.

No interior do estado, a Polícia Técnico-Científica conta com 13 núcleos nas seguintes cidades: Goiás, Formosa, Morrinhos, Rio Verde, Ceres, Uruaçu, Catalão, Iporá, Anápolis, Jataí, Itumbiara, Quirinópolis e Luziânia. O núcleo de Morrinhos tem uma unidade circunscricional em Caldas Novas; e Formosa tem uma em Campos Belos. Nos 13 núcleos são realizadas atividades de criminalística e de medicina legal.

Rejane Barcelos ressalta que a grande expectativa da Secretaria de Segurança Pública é que esses profissionais cheguem com o intuito de contribuir para melhorar ainda mais os serviços da Polícia Técnico-Científica de forma a atender a população do jeito que a população precisa. “Que venham dispostos ao trabalho, que é integrado com todas as forças policiais, para dar mais qualidade na indicação de autoria de crimes, auxiliando o fortalecimento da prova material, o que indiretamente contribui para a redução do índice de homicídios”, diz. Segundo justifica, ao oferecer provas de maior qualidade científica, os médicos e peritos contribuem de certa forma para que os autores do crime fiquem mais tempo na prisão, o que acaba resultado na redução dos indicadores de violência.