Estado de saúde precário justifica João de Deus deixar o Núcleo de Custódia, diz advogado

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, deu prazo de 48 horas para que a Justiça de Abadiânia informe o estado de saúde do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Com base nas informações, Toffoli decidirá sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do médium ao STF. Um dos advogados do preso é Alex Neder, que garante estar muito otimista sobre a possibilidade do médium deixar o Núcleo de Custódia.

Alex Neder é um dos advogados do médium

Segundo Neder, o estado de saúde de João de Deus, que tem 77 anos, é preocupante. Ele tem cinco estents no coração, operou o estômago retirando parte do órgão e necessita de medicação constante e alimentação diferenciada.”Ele passou muito mal na quarta-feira (2) e o médico da prisão receitou exames de urgência. Ele fez alguns deles e terá que fazer outros ainda. Além disso, hoje a defesa vê com preocupação a permanência dele na prisão, entendemos que ele deveria ficar internado em  Hospital para fazer todos os exames e recebendo tratamento adequado”, frisa.

Além disso, Neder assegura que João de Deus é preso provisório. “As imputações feitas a ele não dizem respeito a nenhum delito praticado com violência e ou grave ameaça, ele não representa nenhum risco social, além de estar com a saúde bastante debilitada”, adianta o advogado.

O médium está preso desde 16 de dezembro sob a acusação de violação sexual mediante fraude e dois crimes de estupro de vulnerável. Ontem (3), a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás (DGAP) informou que João de Deus está com infecção urinária.

João de Deus tem um equipe atuando na sua defesa. Está representando a defesa do médium o escritório de Alberto Toron, em São Paulo, aqui em Goiás ele conta com Alex Neder e com Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em Brasília. “Todos somando esforços para obter a liberdade do médium ou uma das demais alternativas que seria prisão domiciliar para que ele possa receber tratamento adequado”, frisa Neder.