Depois de retornar ao cargo de procurador de Justiça, Demóstenes Torres deve protocolar nesta segunda-feira (10) petição, no Congresso Nacional, para tentar reaver o cargo de senador e restaurar sua elegibilidade. Ele foi cassado em 2012 acusado de quebra de decoro parlamentar, acusado de usar o mandato para favorecer o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Caso o Senado não acate ou mesmo retarde a análise do caso, ele pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O argumento da defesa no Senado será o mesmo usado para arquivar as ações judiciais que tramitavam contra ele no Tribunal de Justiça de Goiás: a decisão tomada pelos senadores em 2012 foi baseada exclusivamente em escutas telefônicas que foram invalidadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Caso consiga se tornar elegível, ele deve se filiar ao PTB, que promete fazer uma grande festa para recebê-lo, no dia 14, em Anapólis.
Absolvição
No dia 14 de junho passado, a Corte Especial do TJGO acatou posicionamento do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), com base na nulidade das provas coletadas durante as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. Dessa forma, para o colegiado, não restaram elementos aptos a fundamentar as acusações, conforme observou a relatora do voto, a desembargadora Elizabeth Maria da Silva.
Após se ver livre dos dois processos que tramitavam contra ele na Corte Especial do TJGO, o ex-senador Demóstenes Torres retornou no dia 29 de junho ao cargo de procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Nem bem voltou às atividades, ele tirou férias. A convocação de Demóstenes para o cargo no MP-GO foi feita pelo colega Marcos de Abreu e Silva, vice-decano no órgão ministerial. Nem bem retornou ao cargo, Demóstenes entrou de férias.
