Pré-candidato à OAB-GO diz que há espaço para todos os advogados na Ordem

Escolhido como o nome de consenso para disputar a presidência da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) pela oposição à atual gestão, o criminalista Pedro Paulo Guerra de Medeiros afirma que o objetivo da coalizão Forte-Independente-Renovação é ouvir a advocacia do Estado, para, assim, incorporar seus anseios e necessidades aos projetos do grupo. Em entrevista ao Portal Rota Jurídica, Medeiros diz que os advogados e advogadas têm demonstrando insatisfação com a condução que a atual Presidência da OAB-GO, mas que no programa que será proposto pelo novo grupo todos os profissionais, tanto os que estão em início de carreira como os já experientes, terão espaço. “Programa esse que, a propósito, seguiremos fielmente em nossa gestão, diferentemente do que se vê na administração atual, que não cumpre o que prometeu em seu programa apresentado em 2015”. Confira a entrevista:

Rota Jurídica – Como aconteceu essa união de forças entre três grupos antes opositores para lançamento de um nome único para pré-candidato à OAB-GO?

Pedro Paulo Guerra de Medeiros – Ocorreu após vários encontros e reuniões entre os três segmentos, todos reverberando o que tem ouvido da advocacia de Goiás, demonstrando insatisfação com a condução que a atual Presidência da OAB-GO tem implementado na Casa dos Advogados, a Ordem.

RJ – A coalizão Forte/Independente/Renovação está se colocando à disposição da advocacia goiana como uma chapa única. Ela sabe mesmo o que os profissionais precisam?

PPGM – Sabe muito bem do que os advogados precisam, porque se trata de um grupo que integra bancas de advocacia mesmo, frequenta os fóruns, encara as adequações e dificuldades com o PJe, por exemplo, a rotinas das audiências, as dificuldades do dia a dia da advocacia, porque a prática é bem diferente da teoria. Mas, embora ciente do que os advogados precisam, temos nos inquietado especialmente com o que eles não precisam; uma Ordem voltada para fazer propaganda de si própria e de sua Presidência, gastando muito dinheiro com supérfluos, como propagandas em rádio, jornal e televisão – assunto sobre o qual, aliás, nunca foi informado aos advogados os valores exatos, apesar de formalmente solicitado à Presidência da OAB-GO que o fizesse. Deveríamos utilizar o espaço que a imprensa concede naturalmente à Ordem para levar aos advogados informações relevantes para sua profissão e sua vida, relevantes para a sociedade, sem pessoalidades nem vaidades.

RJ – O que a coalização têm a oferecer de novo para advocacia do Estado?

PPGM – A experiência de quem já administrou a OAB-GO de forma altamente exitosa, conforme amplamente reconhecido Brasil afora, com o idealismo e a motivação de quem nunca teve a oportunidade de participar e sonha colocar a Ordem novamente nos trilhos da transparência, impessoalidade e eficiência administrativa, com alternância e pluralidade de ideias. Há espaço para todos da Ordem, advogados em início de carreira e os já experientes.

Levaremos para o programa a ser elaborado as já conhecidas várias necessidades e críticas que temos ouvido dos advogados e advogadas da Capital e das Subseções, a quem continuaremos ouvindo durante todos os anos que se seguirão, tanto neste de 2018, quanto nos próximos. Programa esse que, a propósito, seguiremos fielmente em nossa gestão, diferentemente do que se vê na administração atual, que não cumpre o que prometeu em seu programa apresentado em 2015.

RJ – Foram várias tratativas e encontros para se chegar a um consenso, que culminou com sua indicação ao cargo de presidente. Outros cargos já foram definidos e distribuídos entre as lideranças dos grupos?

PPGM – Os demais cargos serão escolhidos democraticamente pelo grupo de oposição reunido, no decorrer de 2018.

RJ – Como será a estratégia, nessa pré-candidatura, que sabemos que começou com a escolha do seu nome para o cargo de presidente?

PPGM – Fazer o que é certo; apresentar nossas concepções e ideias iniciais aos advogados do Estado de Goiás, ouvindo-os e incorporando seus anseios e necessidades aos nossos projetos. Nós não temos a pretensão nem intenção de sermos os donos da OAB-GO, mas trabalharmos para a advocacia de Goiás, a quem temos que constantemente servir e ouvir.