Consta da pauta da sessão ordinária desta terça-feira, 13, projeto do deputado Marlúcio Pereira (PRB), protocolado como Processo Legislativo nº 4552/17, que dispõe sobre a adoção de linguagem deficiência auditiva e visual em peças teatrais e nas exibições de filmes nacionais e estrangeiros nos cinemas localizados no âmbito do Estado de Goiás.
Pelo artigo 1º. os teatros devem disponibilizar às produções teatrais os recursos necessários para a interpretação alternativa do espetáculo em linguagem compreensível às pessoas com deficiência auditiva.
As produções teatrais ficam obrigadas a apresentar aos estabelecimentos, com a devida antecedência, o texto correspondente ao espetáculo para o cumprimento do disposto no caput deste artigo.
“Os recursos a que alude o caput devem assegurar às pessoas com deficiência auditiva e visual a fruição do espetáculo em condições de conforto equivalentes às oferecidas aos demais espectadores, podendo o organizador optar pela distribuição gratuita de impresso com o texto da obra apresentada”.
O deputado diz que a proposta se justifica, visto que, os portadores de deficiência visual e auditivos simplesmente são excluídos de grande parte da produção cultural, por falta de um recurso simples que lhes daria acesso a essas criações por meio da narração das imagens. “Nos cinemas, inclusive, há casos absurdos de o ingresso ser negado ao cego na bilheteria sob. alegação de que se não enxergam não podem assistir ao filme. O que os empresários esquecem é que, os portadores de deficiências auditivas e visuais convivem com as que possuem visão e audição, e devem fazer parte das atividades cotidianas do seu grupo social, como ir ao cinema, ao teatro ou museu, por exemplo, e de preferência. com condições mínimas que proporcionem o entendimento da obra”.
Marlúcio frisa ainda que as pessoas se sentem sem acesso aos serviços, “desrespeitadas no seu direito de ir e vir, e o importante é que elas estão percebendo isso. O preconceito ficou tão natural, como quando um deficiente físico é carregado para entrar no ônibus que não tem elevador, que as pessoas não percebem como preconceito”.