Ministra Cármen Lúcia vem a Goiás conferir condições do presídio onde ocorreu rebelião

A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia virá ao Estado, na segunda-feira de manhã (8), para conferir de perto os problemas na Colônia Agroindustrial do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO), onde ocorreu uma rebelião com nove mortes e 99 presos presos foragidos no último dia 1º de janeiro.

A ministra também determinou a realização de inspeção no complexo prisional pelo Tribunal de Justiça de Goiás, que hoje divulgou o relatório do levantamento feito por uma comissão na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto de Aparecida de Goiânia. No parecer, o TJGO destaca que, além do conflito entre dois grupos rivais relatado pelos presos, a falta de ações preventivas e a demora no julgamento de processos contribuíram para o motim.

O parecer citou uma série de problemas estruturais, como falhas no abastecimento de água, fornecimento de energia e as “precárias” acomodações. “A situação vivenciada na colônia de cumprimento de pena no regime semiaberto em Aparecida de Goiânia conjuga uma série de situações pretéritas e ausência de efetiva atuação preventiva por parte da administração penitenciária para evitar o ocorrido, o que se soma a uma certa morosidade nos procedimentos judiciais para decisão sobre benefícios daqueles que cumprem pena no regime semiaberto”, diz um trecho do documento.