Ministério do Trabalho: 2.024 vagas programadas, com até R$16.116 mensais

ministério do trabalho e empregoEm tempos de falta de emprego na iniciativa privada, os concursos públicos se tornam, ainda mais, a melhor alternativa para quem busca além de uma boa remuneração, a tranquilidade de um emprego seguro, sem o risco da demissão inesperada. E entre as diversas possibilidades, um órgão federal se destaca por contar com previsão de muitas oportunidades para pessoas de todos os perfis. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem programação para abrir até 2.024 vagas, a maioria em cargos com exigência de qualquer formação de nível médio ou curso superior. Os ganhos iniciais são de R$3.442,22 no nível médio e de R$4.888,02 ou R$16.116,64, no superior.

O grande destaque entre as chances a serem oferecidas vai para a função de agente administrativo. São esperadas 951 vagas no cargo que, com requisito apenas do ensino médio completo, garante iniciais de R$3.442,22. O valor já inclui o auxílio-alimentação, de R$373, pago em dinheiro. As seleções para agente administrativo do MTE são sempre muito concorridas – os dois últimos concursos (em 2008 e 2014) atraíram um total de 433.079 inscritos para as 2.043 vagas oferecidas, uma média de 212 candidatos por vaga.

Ainda na área administrativa, a chamada área de apoio, o pedido de autorização de concurso cadastrado no Ministério do Planejamento no fim do mês passado inclui outras 226 vagas, devendo ser todas para cargos de nível superior, para os quais os iniciais são de R$4.888,02, também com o auxílio-alimentação. Nas duas seleções anteriores, houve oportunidades para administrador, contador e economista.

O objetivo do MTE é realizar o concurso para a área de apoio no segundo semestre do ano que vem, o que dá àqueles que iniciarem desde já a sua preparação a possibilidade de ampliar as chances de aprovação (confira nesta página matéria com especialista orientando os estudos). Em função da programação do ministério, a expectativa é que a seleção seja autorizada pelo Planejamento no início do ano que vem.

Vagas também na área fiscal

As condições atuais do mercado de trabalho privado, assim como as perspectivas para um futuro próximo, com possibilidade de aumento das contratações precárias (terceirização, trabalho análogo ao escravo, entre outros), trazem urgência à contratação de mais fiscais. Ciente dessa necessidade, o governo já teria liberado a realização de concurso para 847 vagas de auditor-fiscal do trabalho, com a portaria de autorização devendo ser publicada muito em breve no Diário Oficial da União, formalizando o aval. O cargo é voltado para quem possui o ensino superior completo em qualquer área e tem remuneração inicial de R$16.116,64 (também com o auxílio).

A informação de que o concurso já está autorizado foi concedida pelo próprio ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em pelo menos duas oportunidades. Documento enviado pelo Planejamento ao MTE também aponta para a realização do concurso, com preenchimento das vagas em 2015, 2016 e 2017. Inicialmente, o objetivo do ministro Manoel Dias, que reconhece a carência de auditores, era abrir a seleção no início deste ano, o que foi impossibilitado pelo atraso na liberação do Orçamento da União para 2015. Posteriormente, segundo o sindicato da categoria (Sinait), Dias manifestou a intenção de divulgar o edital do concurso neste mês de junho.Seja como for, a seleção não deve demorar a ser aberta. Sendo assim, aqueles que ainda não iniciaram os estudos não devem perder mais tempo.

O Sinait já alertou que a carência de auditores do trabalho, de mais de 5 mil servidores, impede, por exemplo, a redução dos índices de acidentes de trabalho, que, junto a doenças, vitimizam 700 mil trabalhadores por ano, incluindo mais de 2.900 mortos (oito por dia) e mais de 14 mil incapacitados. A presidente do Sinait, Rosa Jorge, já ressaltou que a recomposição do quadro de fiscais – atualmente com cerca de 2.600 servidores – é fundamental, inclusive, para o êxito das medidas anunciadas no início do ano pelo MTE para combater a sonegação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a informalidade no mercado de trabalho. O sindicato também já chamou a atenção para a carência de pessoal no quadro da área de apoio.

Etapas

Os últimos concursos tanto para área de apoio do MTE como para a área fiscal foram organizados pelo Cespe/UnB. No caso da área administrativa, os candidatos tiveram que passar por provas objetiva e discursiva, enquanto que para fiscal, além das provas escritas (220 questões objetivas, seis questões dissertativas, uma redação e elaboração de parecer técnico), houve sindicância da vida pregressa. Para auditor, a última seleção foi aberta em 2013 e registrou 48 mil candidatos para 100 vagas (480 por vaga). Fonte: Folha Dirigida