Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos contra organização suspeita de fraudar licitações de transporte escolar

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O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), com o apoio das Polícias Civil e Militar do Estado de Goiás, deflagrou nesta quinta-feira (6/10) a operação Escola Régia 2 com a finalidade de apurar a existência de organização criminosa especializada em fraude em licitações no transporte escolar. As licitações fraudadas resultaram em mais de R$ 15 milhões em gastos públicos.

Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em empresas, nas prefeituras de Abadiânia e Alexânia, em residências de servidores públicos suspeitos de receberem dinheiro indevidamente, de pessoas que cederam seus nomes para constituição das empresas (laranjas) e dos suspeitos de representarem as pessoas jurídicas nos certames fraudados. Os municípios abarcados foram Goiânia, Anápolis, Abadiânia, Alexânia, Terezópolis de Goiás e Uirapuru.

Grupo se rearticulou após operação em 2017

Em julho de 2017 foram cumpridos diversos mandados de prisão e de busca e apreensão para desarticular organização criminosa que utilizava empresas para fraudar licitações no Estado de Goiás. Porém, em setembro daquele ano, o grupo se rearticulou e, por meio de “laranjas”, assumiu a administração de uma pseudo-cooperativa de transportes.

Ainda em setembro de 2017, a organização criou uma segunda empresa de transportes em nome de laranja. Já em novembro de 2017, o grupo assumiu o comando de uma terceira empresa de transportes e, em março do ano seguinte, um outro laranja foi colocado como pseudo-proprietário de uma quarta empresa, preparando o terreno para iniciar nova jornada de fraudes em licitações.

As empresas recém-criadas passaram, então, a concorrer entre si para vencer licitações em diversos municípios do Estado de Goiás, tendo recebido R$ 15.859.547,60 dos cofres públicos entre 2017 e 2022. Fonte: MP-GO