Ginecologista é condenado por estupro de vulnerável e deve pagar indenização de R$ 20 mil a cada uma das vítimas

O juiz de Abadiânia, Marcos Boechat, condenou, nesta quarta-feira (6), o ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais a 35 anos e 11 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática de quatro crimes de estupro de vulnerável (artigo 217-A, parágrafo primeiro, parte final, do Código Penal), envolvendo três mulheres que eram suas pacientes. Da decisão ainda cabe recurso. O médico está preso, segundo informações do Tribunal de Justiça de Goiás.

O réu também foi condenado a pagar indenização por danos morais a duas das vítimas, no valor de R$ 20 mil para cada uma. O médico teve negado também o direito de recorrer em liberdade, razão pela qual segue em prisão preventiva. Ele ainda poderá recorrer da sentença.

Denúncia

Conforme a denúncia do Ministério Público, ao se valer da sua condição de médico e da confiança nele depositada, praticou atos libidinosos contra mulheres que não podiam oferecer resistência. Para o órgão ministerial, o médico encontrou “campo seguro para buscar a constante satisfação de seus intentos, mediante a subjugação da dignidade sexual de mulheres que o procuravam para consultas e exames ginecológicos, perpetuando suas ações no compulsório silêncio das vítimas, ancorado, também, num ambiente fechado, com portas trancadas, no qual ficava a sós com a vítima”.

Segundo a denúncia, a autoridade de médico que Nicodemos Júnior exercia e a relação de confiança que as pacientes lhe depositavam como profissional de saúde, aliado ao desconhecimento de todo o protocolo de consulta, eram fatores que contribuíam para que as pacientes acreditassem que as ações por ele praticadas estavam corretas.