DPE assume presidência do Comitê de Monitoramento de Política para População em Situação de Rua

Reunião onde foi feita escolha da DPE para presidir o comitê intersetorial

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) assumiu a presidência do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento de Política para População em Situação de Rua de Goiás, em eleição realizada na tarde desta terça-feira (10/10), durante reunião. O defensor público Philipe Arapian foi eleito presidente e terá como vice, Eduardo de Matos, do Movimento Nacional da População de Rua de Goiás (MNPR-GO). A gestão da diretoria será por dois anos, prorrogáveis por mais dois. A reunião desta terça foi realizada no Centro de Referência Estadual da Igualdade (CREI), na Avenida Goiás, no Centro. Neste local serão realizadas todas as reuniões do comitê, sempre na segunda terça-feira de cada mês.

No último dia 2, Philipe Arapían e o defensor público Salomão Rodrigues da Silva Neto foram empossados membros do comitê, titular e suplente, respectivamente. Para o presidente, é muito importante para a instituição e para a população em situação de rua, que um órgão como a Defensoria tenha assumido este comitê. “A Defensoria vem para ser este porta-voz junto às minorias, à população mais estigmatizada, mais vulnerável, excluída. A Defensoria trabalha com pessoas e não com papéis, ela acolhe e ao mesmo tempo tem a possibilidade de se valer de instrumentos judiciais. Estrategicamente, é muito importante a Defensoria estar na presidência”, declarou.

Gestão

Quanto à gestão do comitê, o defensor público afirma que a palavra de ordem é a resolutividade. “Vamos ter um olhar resolutivo para as demandas da população de rua. Tentaremos traçar os objetivos para não ficarmos somente nos discursos”, enfatizou.

Arapian explica que a prioridade agora será a realização de um senso para levantar a real quantidade de pessoas em situação de rua na Capital. “É preciso definir este número para depois entrarmos nas políticas. Há um estudo que aponta que são 300 pessoas, mas parece que existem muito mais pessoas”, apontou.

O defensor público disse que depois vai trabalhar com os órgãos que compõem o comitê para ver quem pode colaborar com o quê, para definir os pontos que serão traçados. Arapian aponta também como prioridade a forma de abordagem de agentes públicos à população em situação de rua. “Inclusive foi pauta de reclamação no comitê, o trato com as pessoas em situação de rua, a capacitação dos agentes, como esta abordagem vai ocorrer, mesmo dentro da Casa de Acolhida, como será essa abordagem”, definiu.

Comitê

O Comitê foi criado em maio deste ano, depois das reivindicações feitas pela população de rua durante há mais de um ano, durante a realização do IV Seminários Povos de Rua em 2016, organizado pela Defensoria Pública e pelo MNPR. O Comitê é formado por 23 membros titulares (e 23 suplentes), representantes do poder público e entidades que trabalham com as questões que envolvem a população em situação de rua em Goiás.

A diretoria eleita ainda é composta pela 1ª secretária, Denize Daudt Bandeira, do Programa de Direitos Humanos da PUC-GO; 2ª secretária, Jeane Alves Cordeiro, Equidade -Secretaria Estadual de Saúde (SES); e relações públicas, Eduardo Mota, do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – Goiás (MNMMR-GO). A próxima reunião do Comitê será no dia 14/11.