Companhia Thermas do Rio Quente diz que eleição foi suspensa por irregularidade em chapa

Em nota enviada ao Rota Jurídica, a Companhia Thermas do Rio Quente explica os motivos que levaram à interrupção da eleição para escolha da nova diretoria da Estância Thermas Pousada do Rio Quente. Segundo o documento, o pleito foi interrompido no último sábado (8) devida a impugnação da chapa Respeito aos Sócios, que teria supostamente falsificado as assinaturas de dois sócios no documento de inscrição para votação. “O fato foi atestado por laudo do perito criminal de Classe Especial 1, José Geraldo da Penha Pinheiro, contratado para verificar a autenticidade das rubricas”, diz o documento.

Segundo a nota, com a irregularidade apontada, a companhia acredita que, quando as urnas forem abertas, e verificada a existência de ao menos um voto para a chapa concorrente Unidos pela Pousada, esta estará eleita nos termos do Estatuto Social da Estância, para o mandato de 2017-2021. “Em breve, as contas do exercício 2016 também serão votadas”, afirma.

A nota foi enviada ao Rota Jurídica após publicação, nesta terça-feira (11), de reportagem mostrando que a Justiça é quem vai decidir a validade ou não da eleição realizada no último sábado (8), no ginásio de esportes de Rio Quente, para escolha da nova diretoria da Estância Thermas Pousada do Rio Quente, instituição que criou, em 1968, por meio da venda e emissão de 5,1 mil títulos remidos, a Pousada de Rio Quente. As urnas com os votos dos mais de dois mil sócios que se habilitaram para o pleito foram acauteladas por um oficial de Justiça, por determinação do Judiciário, e levadas para o fórum local.

A apreensão das urnas foi pedida pela chapa de oposição Respeito aos Sócios, que disputava o pleito com a Unidos pela Pousada. O advogado Murillo Lôbo, do escritório Murillo Lôbo Advogados Associados, contou que o Judiciário teve de ser acionado porque, poucas horas depois de iniciada, a comissão eleitoral avisou que interromperia a votação por supostas irregularidades no pleito. Por aclamação, os presentes decidiram que a eleição prosseguiria. “Foi pedida, então, a intervenção da Justiça, que levou o material e o depositou em juízo”, afirma, acrescentando que o caso deve ser julgado nos próximos dias.