Processo eleitoral na OAB-GO: Rolam as pedras

Fernanda SantosPois muito bem, atendendo à pedidos e saciando a curiosidade da NEGADA, vou relatar sobre o que eu penso, sinto e desejo sobre o futuro processo eleitoral para as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás – OAB/GO, em novembro. Como é do conhecimento de todos, não faço ainda parte do eleitorado apto para votar em novembro deste ano, mas isso ainda é questão de tempo, agora o que não deixarei batida, é a oportunidade de tecer algumas considerações a este respeito.

Há muito tempo, como frequentadora assídua dos Recintos Judiciais goianos, tenho visto que o Poder Judiciário, tem feito uma verdadeira praça de guerra, e alguns atos de patifaria e maniqueísmo, seja com os jurisdicionados, os advogados e estagiários plenamente habilitados na OAB/GO, que dia após dia veem os direitos de seus patronos serem joguete e objeto de capricho por parte de alguns magistrados que querem transformar as varas judiciais que estão aos seus cuidados em feudos, ou propriedades particulares e editando assim novas regulações procedimentais destes locais conforme o humor, ou mau humor dos mesmos, rasgando assim a CF/88, o Velho Código de Processo Civil (CPC/1973) e o Novo Código de Processo Civil (CPC/2015).

Por motivo de força maior, que é do conhecimento de todos, me afastei de minhas atividades, e ao retornar de minha licença em 28/05/2015, só confirmei as minhas assertivas, de que o TJGO está a serviço do mal e advogando contra o seu povo. E isto eu tenho dito desde tempos imemoriais.

Desde o início do presente ano, bem antes de meu afastamento em 23/03/2015, muitas pessoas, principalmente colegas da imprensa e do meio judicial, têm me perguntado sobre o que eu penso, sinto e desejo sobre o futuro processo eleitoral de novembro para as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás – OAB/GO, e agora com mais clareza, e vendo que as pedras do jogo começaram a se mover, e que as profecias de Belina Filho, já se cumpriram bem antes do imaginado, e inclusive preciso pagar as Heinekens que prometi a ele caso as mesmas profecias se cumprissem, decidi romper o silêncio, e trazer para todos o meu juízo de valor, sobre este assunto.

Tenho visto, com muita preocupação, que o futuro processo eleitoral para as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás – OAB/GO, no final do ano, poderá ser o mais esculhambado, e pesado de todos os tempos, e cada qual dos possíveis candidatos ou pretensos candidatos ainda não conceberam uma plataforma plena para atender os anseios da Advocacia de Goiás, e pouco me importa se os mesmos são ligados ao grupo da situação e da oposição, isso não me interessa. E é aí que eu meterei a minha colher de pau nesse tacho, pois alguns deles já interagiram comigo em algum momento da minha vida. E todos sabem que jamais traí ou trairia a minha consciência.

Se pudesse, e tivesse a oportunidade de questionar em um debate franco e aberto estes moços, eu iria querer saber como seria feito o manejo, e o traquejo que seriam usados em relação à forma infame que a Advocacia de Goiás tem sido tratada há alguns anos, e como seriam valorizados os advogados em início de carreira, a mulher advogada, os estagiários inscritos na OAB/GO, como a advocacia criminal seria respeitada, e como o Poder Judiciário iria nos respeitar, de como as custas judiciais seriam cobradas por um preço justo, enfim todos estes tópicos mencionados seriam dignos de uma sabatina de alto nível, pois os possíveis envolvidos tem o mínimo de discernimento intelectual para responder tais perguntas, me recusaria a acreditar que estes camaradas iriam correr da raia, caso ouvissem este tipo de indagações.

Tais temas são plenamente pontuais e atuais, e não somente isto, como o seria o manejo e o traquejo com o Poder Executivo e Legislativo, em relação às demandas da Advocacia de Goiás, haja vista que os entes públicos precisam prestar contas de seus atos perante a população. Assis Chateaubriand já cantava essa pedra em 1928, só não vê e não sabe disso quem não quer.

Independente de quem vai concorrer ao o futuro processo eleitoral para as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás – OAB/GO deste ano, ou de quem vencer, é importante que tais assertivas não sejam jogadas na valeta, pois os homens e mulheres que fazem parte da história são perecíveis, as instituições se bem preservadas se mantém permanecendo sobre as existências.

A forma de ser situação e oposição em Goiás, seja em política partidária ou classista precisam de severos ajustes, de polidez, e não de um Rock Rural, precisamos sair desta cultura provinciana, elitista, sexista e agropastoril, que atravessa os tempos, e oprimem as pessoas e os seus ideais, até porque Goiás anda totalmente na contramão do Brasil em diversos quesitos.

As pedras e o jogo começam a se desnudar, e cada ente terá que ter postura e firmeza de caráter para lidar com possíveis intercorrências neste processo, e de possíveis ataques e patifarias, que acenderão ainda mais a fogueira do evento já mencionado por mim. Novembro já chegou e faz tempo, e só não viu e se ligou nas paradas quem não quis. Rolam as pedras.

*Fernanda Santos é bacharela em Direito, parecerista em matéria cível. Articulista do jornal Perspectiva Lusófona em Angola, DM e Opinião Jurídica em Goiânia-GO, Membro efetivo da Comissão da Advocacia Jovem – CAJ, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás – OAB/GO – Gestão 2013/2015.