Ao se defender de infração de trânsito, motorista de Quirinópolis compara Goiânia a circo e hospício

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Wanessa Rodrigues

A defesa prévia de um ex-proprietário de um veículo, feita à Secretaria Municipal de Trânsito e Mobilidade (SMT) de Goiânia, chama a atenção pelo relato sobre o trânsito da capital. Ao explicar que ele não esteve na cidade na data de uma infração, o motorista, que é de Quirinópolis, em Goiás, diz que mal sabe dirigir em seu município, quanto mais “na tresloucada Goiânia”. Disse que, se a cidade for coberta com uma lona, “vira um circo”. Cercada com um muro “vira hospício”.

O motorista, que se descreve como “peixeiro e casadíssimo”, diz que teve apenas uma experiência no trânsito de Goiânia, em junho de 2010. Na ocasião, jurou nunca mais dirigir “naquele circo de loucos”. Salientou que, enquanto proprietário do carro alvo da infração, jamais esteve na capital. Sendo que o veículo já foi vendido e transferido.

Ao narrar sua única ida à Goiânia, disse que, mal entrou no trânsito da cidade, e o desespero tomou conta de seu corpo, “produzindo severas alterações intestinais”. “Infelizmente, o café da manhã reforçado na padaria de Indiara cobrou seu preço e, na enésima buzinada que recebi, ele resolveu sair contra a vontade, descendo pelas pernas e repousando no assoalho do carro”, relata na defesa.

“E, é claro, prometi a mim mesmo e à pouca dignidade que ainda me restava que jamais retornaria àquela cidade que, tão maldosamente, estragou-e a crença de que era um macho-alfa”, continua. Disse ainda que, após a situação, sentiu que algo se quebrou em seu relacionamento com sua esposa.

O motorista finaliza a defesa dizendo que, por tudo que foi relatado, não foi ele que esteve em Goiânia no dia da infração. “Se ocorreu alguma infração em Goiânia, foi pelo novo proprietário ou por qualquer outro corajoso homem que consiga dirigir nesse amontoado de loucos motorizados”, completa.

Leia aqui a defesa na íntegra.

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