Advogado-geral da União pede exoneração; quem também sai são os ministros da Defesa e das Relações Exteriores

O advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior, informou hoje (29) que vai deixar o cargo. Levi estava no posto desde abril do ano passado. O governo de Jair Bolsonaro teve hoje mais duas baixas: ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa.

A saída de José Levi foi oficializada em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro. “Com o meu mais elevado agradecimento pela oportunidade de chefiar a Advocacia-Geral da União (AGU), submeto à elevada consideração de Vossa Excelência o meu pedido de exoneração”.

Antes de chegar à AGU, Levi ocupava o posto de procurador-geral da Fazenda Nacional. Ele é graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tem doutorado em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo, instituição onde também é professor, com título de livre-docência em direito constitucional. Tem pós-doutorado em Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra, de Portugal. Já ocupou o cargo de secretário executivo do Ministério da Justiça e de consultor-geral da União na AGU.

Relações Exteriores

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também pediu demissão do cargo nesta segunda-feira. O pedido ocorre após pressão de parlamentares, inclusive dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

A situação política de Ernesto vinha se deteriorando nos últimos dias. No Congresso, a avaliação é a de que a atuação do ministro isolou o Brasil no cenário internacional e prejudicou a obtenção de doses de vacina contra a Covid-19.

Defesa

Quem também vai deixar o cargo é Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa. A informação foi confirmada pela assessoria da pasta, que divulgou à imprensa cópia da mensagem de Silva.

No texto, o ministro agradece ao presidente Jair Bolsonaro a oportunidade de “servir ao país”, integrando o governo por mais de dois anos. “Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, afirma Silva antes de afirmar que deixa o posto com a certeza de ter cumprido sua “missão”.