Acusados de matar jovem em bar no Setor Marista vão a júri popular nesta quinta-feira

Pouco mais de dois anos depois do crime, os três denunciados pelo assassinato do estudante Gabriel Caldeira de Sousa, morto aos 19 anos, serão julgados por júri popular em Goiânia. Murillo Eduardo Conceição dos Santos, hoje com 24 anos; Bruno Dias Stival, 22; e Arthur Dias Stival, 26, foram denunciados pelo crime de homicídio com duas qualificadoras (possíveis agravantes da pena): crime cometido por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O julgamento será presidido pelo juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara de Crimes Doloso contra a Vida de Goiânia, e terá início às 8h30.

O advogado criminalista Thomaz Ricardo Rangel, que atuará na assistência da acusação durante o tribunal do júri, diz que a expectativa é de que os acusados sejam condenados pelos jurados. Ele lembra que desde que o processo teve início, as teses da acusação têm sido mantidas, tanto que nenhum recurso da defesa deles teve sucesso. “Esperamos que a pena seja aplicada da maneira que o caso merece”, afirma Thomaz, destacando que testemunhas relataram que, depois de atirar contra a vítima, os acusados deixaram o local do crime dando risadas.

Thomaz Ricardo Rangel será o assistente da acusação

“Não é um comportamento de quem dispara para se defender”, pondera o criminalista, lembrando que essa foi a tese usada pela defesa dos três acusados, mas há fartos elementos para descartá-la. Segundo os autos, Murillo Eduardo foi quem fez dois disparos contra Gabriel Caldeira. Ele estava no banco traseiro de um Corolla conduzido por Arthur Stival. Bruno Stival também estava no banco traseiro. Uma jovem que era adolescente na época do crime foi quem pegou a arma e entregou a Murillo Eduardo. Gabriel e amigos estavam a pé, depois de sair do bar.

Gabriel Caldeira foi socorrido e levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde morreu no dia seguinte. Os três denunciados fugiram após o crime, mas foram presos. Interrogados, eles confessaram o assassinato. A arma de fogo usada para matar Gabriel Caldeira foi apreendida com Murillo Eduardo quando este tentava fugir.