TJGO mantém liminar que revoga prisão preventiva de dono da Padrão Sistemas

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás manteve, na tarde desta quinta-feira (29), a liminar que revogou a prisão preventiva do empresário Sandro Marcucci, diretor da empresa Padrão Sistemas de Segurança. Ele havia sido preso durante a segunda fase da Operação Compadrio, deflagrada em 20 de agosto passado pelo Ministério Público de Goiás para investigar a existência de uma organização criminosa especializada e estruturada para a prática dos delitos de peculato, desvio, fraude em processo licitatório, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, infiltrada na Administração Pública Estadual. Ela seria chefiada pelo ex-deputado Tiãozinho Costa e seu cunhado, Geraldo Magella Rodrigues. Em tese, a organização teria causado prejuízos de “grande monta” aos cofres públicos nos últimos anos, notadamente, a partir de 2006.

Segundo sustentou o Ministério Público no pedido de prisão, a empresa de Sandro Marcucci presta serviços para o Estado de Goiás e conseguiu contratos que ultrapassaram a cifra de R$ 17,7 milhões, com contratos direcionados. A empresa pertencia ao diretor da Agência Goiana de Transportes e Obras, José Marcos Musse, preso na primeira fase da Operação e já solto pela Justiça.

O relator do processo no TJGO foi o desembargador José Paganucci, que acolheu tese da defesa de que a prisão do empresário seria ilegal. O habeas corpus foi impetrado pelo advogado Carlos Barta Simon Fonseca, e a sustentação oral foi feita na tarde de hoje pelo advogado Roberto Serra da Silva Maia.