Pré-candidatos comentam resultado da pesquisa Serpes/Rota Jurídica para presidência da OAB

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Rafael Lara Martins, Pedro Paulo Medeiros, Rodolfo Otávio Mota, Valentina Jugmann e Julio Meirelles

Os cinco pré-candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) comentaram a pesquisa Serpes/Rota Jurídica divulgada nesta terça-feira (15). O levantamento, realizado entre os dias 9 e 11 de junho, trouxe Rafael Lara Martins como o favorito nas eleições marcadas para novembro próximo.

Rafael Lara afirma que recebe a notícia com humildade e responsabilidade. “Será uma campanha longa e não colocamos o bloco nas ruas e redes ainda. Mas fico feliz em saber que nossa classe enxerga nossa pré-candidatura com bons olhos. Sinal de que nossa gestão tem aprovação e nossas propostas são relevantes para o momento que vivemos”, disse.

Pesquisa equivocada

Segundo lugar no levantamento, que ouviu 401 advogados por telefone, Pedro Paulo não concorda com os números apontados. “Essa pesquisa está equivocada pois dissonante de muitas outras, que demonstram que estou em primeiro lugar e que esta é a tendência para os próximos meses”, frisou.

Conforme disse Pedro Paulo, “outros levantamentos mostraram que quase 60% da advocacia quer mudança porque está descontente com a atual gestão, muito encastelada e que passou quase cinco anos e meio sem mostrar a que veio e, durante esse um ano e meio de pandemia, fechou os olhos para as dificuldades enfrentadas pelos colegas em decorrência dela. Penso que nossa liderança se deve ao meu projeto de gestão, voltado para a pluralidade dos colegas, e não para uma minoria privilegiada.”

Debate ainda incipiente

Apontado como terceiro colocado, com 8% das intenções de voto na pesquisa estimulada, Rodolfo Otávio Mota afirmou que pesquisa não se discute, se analisa. Para ele, está claro que o levantamento não reflete uma realidade eleitoral consolidada, pois o debate ainda está incipiente, com um número de indecisos muito elevado (27,4% na pesquisa estimulada e 57,1% na espontânea) e intenções de votos que tendem a migrar no decorrer da campanha. Rodolfo, que tem o menor percentual de rejeição entre os cinco pré-candidatos (3,2%), também menciona pesquisas internas que citam isso.

“O que podemos afiançar é que, na prática, temos visto a advocacia goiana buscar uma nova alternativa para a OAB/GO; um caminho de união e visão de futuro que é o que o nosso movimento representa. Isto está claro na advocacia de Rio Verde, de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas e de diversos outros municípios e por meio de várias lideranças que compartilham os nossos propósitos e estão aderindo à nossa bandeira”, afirma Rodolfo, que atualmente é presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás.

Valentina Jungmann, quarta colocada na sondagem com 7,2%, diz que “não posso dizer que ‘analisei’ a pesquisa, mas fiz uma leitura muito positiva dos resultados, já que anunciamos a nossa pré-candidatura, que é a novidade dessas eleições da OAB-GO, há menos de três meses. Fato é que nosso nome tem sido recebido com entusiasmo e temos muito a crescer”.

Lideranças do interior

Já Júlio Meirelles, que aparece em último lugar, com 3,7% das intenções de votos, afirma que recebe o resultado da pesquisa com serenidade. “O trabalho de base está sendo feito com lideranças do interior e ainda faltam mais de seis meses para as eleições. No decorrer dos meses e com a intensificação da campanha os índices irão aumentar”, frisou.

Gestão avaliada

O Rota Jurídica também ouviu o presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio de Paiva. Isso porque na pesquisa foi questionado aos entrevistados como estes avaliam a atual administração da seccional. Para 38,2 dos entrevistados, ela é boa. 23,7% a consideram ótima. Para 25,4% ela é regular. 3% dos ouvidos a considera ruim, mesmo índice que aponta a administração liderada por Lúcio Flávio de Paiva como péssima. Já 6,7% dos ouvidos não opinaram.

Para Lúcio Flávio, “a pesquisa faz justiça ao grande trabalho desenvolvido pela nossa gestão. Mas meu foco neste momento é seguir prestando contas do que fizemos e dialogar com a nossa classe sobre os desafios enfrentados pela advocacia em Goiás”.