MP deflagra operação que apura desvios de medicamentos de alto custo de hospitais

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil de Goiás deflagraram, na madrugada desta terça-feira (31/1), o braço goiano da Operação Medlecy II, na qual cumpriram dois mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, além de cumprir um mandado de sequestro de bens.

As ações foram realizadas em apoio ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do núcleo de Bauru, do Ministério Público de São Paulo, que coordena a operação que apura desvios de medicamentos de alto custo de hospitais e posterior repasse, de forma clandestina, a empresas distribuidoras de medicamentos de outros estados, principalmente de São Paulo.

Durante a ação, os agentes de polícia apreenderam medicamentos de alto custo em uma empresa e em duas residências, além de R$ 8.450,00 em espécie, escondidos dentro de uma capa de terno dobrada em uma das residências. Houve também o sequestro judicial de um veículo de luxo.

De acordo com as investigações, os dois presos de forma preventiva seriam fornecedores de medicamentos de origem ilícita e abasteciam os demais membros da organização criminosa sediados na cidade de Bauru, em São Paulo, para onde enviavam os medicamentos via Correios. Eles foram delatados por outros membros do grupo presos durante a primeira fase da operação

Ambos passarão por exames no Instituto Médico Legal (IML) e depois por interrogatório no Ministério Público de Goiás. Ainda hoje serão levados para a Casa de Prisão Provisória, onde ficarão à disposição da Justiça do Estado de São Paulo.

Primeira fase

A Operação Medlecy II é desdobramento das investigações iniciadas em abril de 2015. De acordo com esta primeira investigação, os criminosos conseguiam medicamentos de alto custo de origem ilícita, como furto, roubo e desvio de órgão público, para, em seguida promover a venda desses medicamentos a clínicas e hospitais.

Ao final da investigação, o Gaeco de Bauru ofereceu denúncia contra 15 pessoas residentes em Piratininga, Bauru, São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, além de Goiânia, em Goiás, por organização criminosa, crime contra a saúde pública e receptação dolosa qualificada.