Juíza do trabalho de Goiânia xinga e diz que odeia audiência virtual: “odeio. E não é pouco não”

Juíza Cleuza Lopes durante audiência que causou polêmica
Publicidade

A juíza do Trabalho de Goiânia Cleuza Gonçalves Lopes tornou-se o centro de uma controvérsia após fazer declarações polêmicas durante uma audiência virtual realizada no dia 20 deste mês. A magistrada expressou sua insatisfação com o formato virtual das audiências, chegando a afirmar que teria uma “alegria enorme” se pudesse deixar de julgar o processo na pauta.

O incidente começou quando uma advogada presente na sessão apontou um possível erro na ata da audiência, que havia sido preenchida pela juíza. Em resposta, ela declarou: “a ata é minha, eu escrevo o que eu quiser nela”.

Em outro momento da audiência, a juíza teria demonstrado ainda mais sua insatisfação com as audiências virtuais, afirmando: “Odeio fazer audiência virtual. Odeio. E não é pouco não. Todo mundo se acha no direito. […] Todo mundo acha que é juiz nas audiências virtuais”.

A situação se intensificou quando a advogada reclamou do tratamento diferenciado que a magistrada estaria dando a uma testemunha. Em tom de ironia, Lopes respondeu: “Olha, que bonitinho, depois de 40 anos, eu estou aprendendo como é que pergunta para testemunha”.

Em resposta à repercussão do caso, o TRT de Goiás emitiu uma nota de esclarecimento, em seu site na internet, informando que as instâncias administrativas, como a Corregedoria Regional e a Ouvidoria do TRT-GO, estão à disposição para qualquer recurso ou reclamação que as partes desejem apresentar. O Tribunal esclareceu ainda que, até o momento, não existem processos abertos contra a magistrada.

O TRT-GO reforçou seu compromisso com o respeito mútuo, a urbanidade e a cooperação entre todos os órgãos que compõem o sistema de justiça. “Nesse sentido, a Justiça do Trabalho goiana reafirma a sua crença nas relações harmoniosas e respeitosas que tem cultivado com a advocacia ao longo de seus quase 34 anos de existência”, frisou.