Gerente da Agetop é preso na Operação Compadrio

O gerente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Cléter Moreira Damasceno, foi preso hoje em cumprimento da terceira fase da Operação Compadrio, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO investigam possíveis fraudes em contratos e licitações da Agetop envolvendo suposta quadrilha liderada pelo ex-deputado Tiãozinho Costa e o cunhado dele, Geraldo Magela.

A prisão de Cleber coincide com a segunda denúncia oferecida pelo Ministério Público no caso da Operação Compadrio. Foram denunciadas três pessoas, entre elas o  ex-diretor de Obras Rodoviárias da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), José Marcos de Freitas Musse.

Condução coercitiva

Cléter já havia sido conduzido para depor no final de agosto para os promotores sobre supostas irregularidades. Na época, foi encontrado R$ 17 mil em dinheiro e documentos referentes a obras do órgão na parte de baixo do banco de passageiro do carro de Cléter. De acordo com o MP-GO, o gerente havia apresentado várias versões para a origem do dinheiro.

Cléter era apontado como um dos facilitadores dentro da Agetop do atendimento a interesses do ex-diretor de Obras Marcos Musse e de Tiãozinho Costa no órgão.

O caso

A primeira fase da operação Compadrio foi deflagrada no início de agosto pelo Gaeco e o Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MP, para apurar a prática de crimes contra a administração pública, realizada por uma organização criminosa instalada em órgãos públicos do Estado de Goiás, que supostamente se valeu de funcionários fantasmas e empresas laranjas para instrumentalizar desvios de dinheiro público. A ação investigou também práticas criminosas como o favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e a retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito, todos eles contando com a colaboração e participação de funcionários públicos.