Ferramentas tecnológicas vão nortear o setor jurídico em 2021, afirmam especialistas

Publicidade

Ferramentas tecnológicas vão nortear o setor jurídico em 2021, afirmam especialistas. Isso porque O aumento das atividades em home office acelerou a implementação de diversas ferramentas corporativas durante o ano de 2020, facilidades que representam a consolidação da indústria 4.0 no Brasil, que se foca em inovação. Para este ano, a tendência é que departamentos inteiros em escritórios de prática advocatícia e outras entidades do setor passem a se valer cada vez mais de soluções que envolvam o mundo digital e a tecnologia.

Novas ferramentas surgem para melhorar as dinâmicas já existentes, afirma Rafael Docampo

Perspectivas previstas para as próximas décadas foram antecipadas e muitas delas já são questões de sobrevivência no mercado. “Novas ferramentas surgem para melhorar as dinâmicas já existentes nas empresas e propiciar melhores resultados, sempre de forma a gastar menos tempo e demandar cada vez menos ações dos usuários”, explica Rafael Docampo, advogado e sócio da Lexio, legaltech especializada em gestão de contratos.

A dúvida de muitos departamentos jurídicos é como aglutinar todas as informações para facilitar o trabalho, sem que a tarefa se torne demanda extra para um grupo de funcionários já reduzido. Por isso, os especialistas da Lexio listam três inovações que podem reduzir o tempo gasto em atividades burocráticas.

Ferramentas tecnológicas

1) Departamentos de Legal Ops: a área de Legal Operations surge da necessidade de trazer para os departamentos jurídicos ou escritórios de advocacia ferramentas que auxiliem nas funções administrativas, proporcionando maior foco nas atividades essenciais. Os grandes benefícios da criação da área são: a redução de custos, a automatização tecnológica para procedimentos e otimização das tarefas desempenhadas.

2) Adoção de assinaturas eletrônicas: com crescimento exponencial em 2020, este ano trará a consolidação do uso de assinaturas eletrônicas no Brasil. O país utiliza há alguns anos a versão sem certificado digital. Porém, com o home office, houve uma crescente adesão de plataformas que proporcionam esse serviço. Dada a alta demanda, as empresas estão se dedicando a facilitar o uso desta ferramenta.

“Mesmo quem não tem familiaridade com tecnologia está precisando utilizar as plataformas para dar continuidade ao trabalho. Por isso, é cada vez mais imprescindível o uso de métodos intuitivos, para que todos possam aproveitá-las”, analisa Fabrício Ramos, advogado e sócio da Lexio. Por possuir validade jurídica e criptografia, este recurso assegura que o conteúdo do documento não seja violado. O uso deste tipo de plataforma rompe barreiras geográficas, diminui custos e o risco de possíveis fraudes.

3) Legal Design: focado na experiência do usuário, permite propor aos clientes soluções criativas e inovadoras. Essa metodologia apresenta uma linguagem mais enxuta e objetiva, sendo adotada também pelo Supremo Tribunal Federal na reformulação de informativos. A ferramenta já está sendo considerada como diferencial entre os escritórios e a tendência é que o design thinking se torne cada vez mais comum no cotidiano jurídico.