A falsa biomédica Raquel Policena Rosa (foto), de 27 anos, investigada pela morte da ajudante de leilão Maria José Brandão, foi presa, de forma preventiva, na tarde desta quinta-feira (13/11), em Catalão, a 216 quilômetros de Goiânia. A prisão foi decretada pela Justiça, que atendeu pedido feito pela Polícia Civil no último dia 7.Ela é investigada por fazer aplicações aplicações para aumento de bumbum, procedimento que é exclusivo para médicos, em 28 mulheres.Ela está sendo encaminhada para Goiânia e deve ficar presa no 14º Distrito Policial da capital. Ela deve ser ouvida nesta sexta-feira (14/11) pela delegada Myrian Vidal.
Além de Raquel, a polícia investiga se o namorado dela, o professor de idiomas Fábio Justiniano Ribeiro, 33, e uma mulher do Rio de Janeiro, identificada como Thaís Maia, também teriam participado dos procedimentos.A Polícia Civil passou a investigar o homem após encontrar áudios no celular da vítima, nos quais a falsa biomédica relata a presença do companheiro durante as sessões. Ele nega participação.
Já Thaís Maia, que se identificava como médica, teria vindo a Goiânia para realizar alguns dos procedimentos junto com Raquel. A participação dela foi relatada por pacientes da falsa biomédica. Segundo Vidal, a polícia ainda procura a mulher para que ela preste depoimento sobre o caso em Goiânia ou no Rio de Janeiro, por meio de carta precatória.
Maria José morreu um dia após fazer a segunda aplicação de hidrogel no bumbum, no dia 25 de outubro, em uma clínica de Goiânia. Ela foi internada no Hospital Jardim América, em Goiânia, e morreu na madrugada seguinte, com suspeita de embolia pulmonar.A paciente chegou a contatar a falsa biomédica, relatando o mal estar.No entanto, ela garantiu que era apenas algo passageiro.
Motivação
Vítimas relataram em depoimentos que, mesmo investigada pela morte de Maria José, Raquel planejava voltar a realizar os procedimentos, o que motivou o pedido de prisão. Em depoimento prestado no último dia 3, Raquel disse à delegada que não errou ao fazer o procedimento. “Ela está convicta de que não errou porque fez um curso de bioplastia estética, com duração de 15 dias, e disse que a morte está relacionada a outro fator”, declarou a delegada.