*Helga Monteiro
Nasce uma nova era no marketing jurídico. No último dia 21 de julho foi publicado o novo Provimento do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil com os novos caminhos para divulgação dos serviços de escritórios e advogados na mídia e nas redes sociais.
Entre as principais novidades estabelecidas pelo novo Provimento 205/2021 está a propagação de conteúdo por meio das ferramentas de impulsionamento e patrocínio nas redes sociais e no Google de matérias informativos. Trata-se de uma mudança significativa que esclarece quais as alternativas viáveis de comunicação que os escritórios e advogados podem seguir no ambiente virtual.
Fazia-se pujante a chegada de novas regras e possibilidades de divulgação dos serviços advocatícios tanto para a classe, quanto para a sociedade que recorre ao uso da Internet para fazer suas pesquisas e sanar dúvidas antes mesmo de procurar algum especialista. Entretanto, é preciso estar atento aos limites desta comunicação, que não pode ultrapassar as regras estabelecidas no Código de Ética da OAB, como, por exemplo, as propagandas ostensivas e a utilização imoderada e desmedida da publicidade como forma de angariar clientes ou que visem a mercantilização.
Mas já dá pra pensar em conteúdos mais robustos, formatos de anúncios, mais liberdade na criação das artes e linha editorial de conteúdo, principalmente nas redes sociais.
Na visão de quem é do marketing, esse novo cenário facilita muito o lado criativo atrelado a responsabilidade das informações passadas. A luta contra as fake news também ganhará força, pois quanto mais conteúdo responsável tivermos nas redes, mais informação verdadeira chegará a sociedade.
São diversas as possibilidades. Essa evolução abre novas portas para o marketing jurídico. Esse é o momento para investir em novo planejamento, com estratégias de branding e criação de conteúdo relevantes para redes sociais – Instagram, Linkedin, Facebook, Twitter, entre outras –, além de canal no Youtube.
A participação de advogados em lives, cursos e eventos livres também foi regulada pelo Provimento, assim como o uso de ferramentas como chatbot, Whatsapp e o Gogoole Ads.
Se o mercado jurídico já era concorrido, agora a disputa fica ainda mais acirrada. A afinal, quem já migrou para o mundo online tem maior facilidade em galgar espaços maiores, de maneira mais ágil. Os mais tradicionais, que refutavam essa decisão, vão precisar acelerar o passo para continuarem vivos no mercado.
*Helga Monteiro é gerente de Comunicação Institucional do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados