Aguarda sanção do prefeito projeto que obriga a implantação de UTIs em todos os hospitais de Goiânia

Todos os hospitais já em  funcionamento e os que forem construidos deverão contar com Unidade de Tratamento Intensivo
Todos os hospitais já em funcionamento e os que forem construidos deverão contar com Unidade de Tratamento Intensivo

Da Redação

De autoria do vereador Eudes Vigor (PMDB) a Câmara de Goiânia aprovou nesta quarta-feira (14) projeto de lei que torna obrigatória a instalação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva  (UTIs) na rede hospitalar da capital que ofereçam tratamento clínico médico, cirúrgico e pronto socorro. A medida atinge os estabelecimentos já existentes e os que ainda vierem a ser construídos.

A proposta prevê, como UTI, unidades complexas dotadas de sistema de monitoramento contínuo, que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que necessitem do suporte de tratamento intensivo para recuperação.

Estas unidades deverão ter um profissional médico e um enfermeiro intensivistas habilitados e contar com equipamentos necessários ao desempenho da atividade intensiva. O projeto livra da obrigatoriedade imposta por esta lei, os hospitais oftalmológicos, psiquiátricos e os que atendam apenas demanda ambulatorial e “Hospitais Dia”.

O projeto aprovado pela Câmara é de iniciativa do vereador Eudes Vigor
O projeto aprovado pela Câmara de Goiânia é de iniciativa do vereador Eudes Vigor (PMDB)

Em sua justificativa Eudes Vigor alega que as UTIs são importantes recursos para o tratamento de pacientes graves ou potencialmente graves que necessitam de cuidados contínuos e especializados, em consequência de uma ampla variedade de alterações fisiopatológicas.

A falta de leitos de UTI no nosso município tem sido um problema recorrente e que impede que várias pessoas, das mais variadas idades e condição social, tenham os seus direitos à vida, respeitados. Isso, conclui o vereador, tem provocado perdas irreparáveis nas famílias que aqui residem e, é um problema que precisa ser urgentemente sanado para evitar novas perdas.

Apoio
Antes da votação do projeto, o presidente da Associação dos Hospitais privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG) , Haikal Helou, a convite de Eudes Vigor, usou a Tribuna Livre da Casa para defender a aprovação do projeto e manifestar apoio à execução da lei como forma de garantir a ampliação da oferta de leitos de UTI na Capital.

Segundo Haikal, só deveria ser chamado de “hospital” os estabelecimentos que ofereçam suporte intensivo e defendeu ainda a necessidade dos estabelecimentos hospitalares possuírem geradores de energia. Não se trata de reserva de mercado, afirmou o presidente da AHPACEG, queremos apenas que procedimentos cirúrgicos sejam executados em locais adequados, para garantir o atendimento intensivo quando necessário, concluiu.

O projeto contou com o apoio de todos os vereadores que atuam na área de saúde e foi aprovado por unanimidade em segunda e última votação. Falta agora a sanção do prefeito Paulo Garcia, para que a exigência de UTIs em toda a rede hospitalar seja cumprida.