Advogados e outros suspeitos são presos por acessar sistema do TJGO e assinar documentos como juízes para liberação de alvarás

Polícia Civis durante cumprimento de mandados na Operação Alvará Criminoso/Foto: Reprodução Polícia Civil
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O Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes da GREF/DEIC da Polícia Civil deflagrou, nesta sexta-feira (18), a operação Alvará Criminoso, na qual foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão preventiva em desfavor de investigados pelos crimes de estelionato majorado, organização criminosa, lavagem de capitais e violação de sigilo funcional.

As medidas cautelares foram cumpridas em seis cidades de Goiás, em endereços relacionados a investigados, dentre eles quatro advogados presos preventivamente. Eles são suspeitos de acessar sistema do Tribunal de Justiça de Goiás, assinar alvarás judiciais falsos como juízes e praticar fraudes milionárias que causaram prejuízos de cerca de R$ 31 milhões.

Segundo apurado, com os alvarás fraudulentos em mãos, outros integrantes do grupo levantavam os respectivos valores que se encontravam depositados nas contas judiciais.

A investigação foi realizada após a troca de informações entre a Divisão de Inteligência Institucional do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que conta com equipe da Polícia Civil no desenvolvimento de suas atividades, e o Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes, integração fundamental que culminou na deflagração da operação policial realizada para o cumprimento das 39 medidas cautelares expedidas pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores do Estado.

Prisões e buscas

As prisões e as buscas e apreensão aconteceram em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Trindade, Piracanjuba e Brazabrantes. Entre os itens apreendidos, o delegado William Bretz cita computadores e celulares dos suspeitos.

Já entre os locais que foram realizados essas apreensões, estiveram endereços relacionados a esses investigados, como uma empresa em que um dos suspeitos utilizou a rede de internet para acessar o sistema do tribunal. Com informações da Polícia Civil