A advogada Luna Provázio participou, há pouco dias, de um evento em Frankfurt, na Alemanha, sobre o caso das goianas que foram presas injustamente por 38 dias, após terem suas bagagens trocadas por malas com drogas.
A profissional foi convidada para palestra, no dia 30 de maio, na qual contou o caso das duas passageira que foram presas injustamente detidas na Alemanha. “Foi bem interessante, gerou muitos debates sobre o caso. Os participantes, entre eles o embaixador Alex Vidal, mostraram-se interessados em sugerir melhorias para a Polícia e o Judiciário alemães”, conta a advogada.
Também participou do evento o PhD Bruno Rodrigues de Lima, pesquisador no Instituto Max Planck de História Jurídica e Teoria Jurídica, de Frankfurt. E Marietta Auer, que estudou direito, filosofia e sociologia na Universidade de Munique e na Universidade de Harvard.
O caso
O sonho de viajar 20 dias pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional de drogas em 5 de março desse ano, horas antes de desembarcar em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República Tcheca.
A prisão das mulheres em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal brasileira para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.
Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.
A Polícia Federal em Goiás começou a investigar o caso após a prisão das goianas e disse que elas são inocentes. Vídeos apurados pela PF mostram quando duas mulheres chegam ao aeroporto de São Paulo, despacham bagagem com droga que levou brasileiras à prisão na Alemanha e vão embora em 3 minutos.