Três dos cinco acusados de matar vereadora de Bom Jesus são condenados por um júri popular

O Tribunal do Júri de Bom Jesus, no sul de Goiás, condenou, nessa quinta-feira (31), três dos cinco acusados da morte da vereadora Roseli Aparecida de Oliveira Rocha. O ex-marido da vítima, apontado como mandante, morreu antes do julgamento de Covid-19. Entre os demais, um foi absolvido. Cabe recurso da decisão.

O corpo de Roseli foi encontrado no dia 3 de dezembro de 2018, no carro que era dela, às margens da BR-452, na saída de Bom Jesus de Goiás. Inicialmente, suspeitou-se que ela teria sido assaltada e morta a tiros. Depois, apurou-se que o crime teria sido encomendado pelo ex-marido, devido a uma disputa de bens.

Filho da vítima, Daiton Rodrigues Oliveira Rocha chegou a ser preso suspeito de facilitar o crime, mas depois foi solto. A Justiça, inclusive, acatando os argumentos da defesa apresentada pelo advogado Roberto Serra da Silva rejeitou a denúncia contra ele argumentando que não havia indícios da participação na morte da mãe.

Penas impostas

No julgamento de ontem, Joaquim dos Santos foi sentenciado por homicídio qualificado por usar de emboscada contra a vítima e aceitar pagamento para cometer o crime. A pena imposta a ele foi de seis anos e oito meses, a serem cumpridos, inicialmente, em regime semiaberto. Isso porque ele teria feito acordo de colaboração premiada com o Ministério Público.

Nathanael Cardoso dos Santos também foi condenado por homicídio qualificado por usar de emboscada contra a vítima e aceitar pagamento para cometer o crime. A ele a pena imposta foi de 12 anos e cinco meses em regime fechado.

Gilberto Alves da Silva, por sua vez, foi condenado oito anos de prisão, em regime semiaberto, por homicídio qualificado por ter aceito dinheiro para cometer o crime. Já Raphael Soares Alves de Freitas foi absolvido pelos jurados.