TJGO julga hoje pedido de anulação do júri popular dos réus acusados da morte de Valério Luiz

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A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás julga, na tarde desta terça-feira (27), recurso de apelação apresentado pelos quatro réus condenados, em novembro de 2022, pela morte do radialista Valério Luiz. Maurício Sampaio, Marcos Vinícius Pereira, Urbano Carvalho Malta e Ademá Figueiredo pedem a nulidade do júri popular, realizado pela 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, e a realização de novo julgamento.

Em 9 de novembro de 2022, os réus foram considerados culpados pela morte do radialista, ocorrida em 5 de julho de 2012, nas proximidades da rádio em que a vítima trabalhava, no Setor Bueno, em Goiânia (GO).

Maurício Borges Sampaio, acusado de ser o mandante do crime, foi sentenciado a 16 anos de prisão a serem cumpridos em regime fechado. A mesma pena e regime de cumprimento foram impostos a Ademá Figueiredo, apontando como o executor dos disparos que mataram a vítima. Urbano Carvalho Malta e Marcos Vinícius Pereira, que teriam articulado a execução do crime foram condenados a cumprir pena de 14 aos de reclusão em regime fechado. O único absolvido foi Djalma Gomes da Silva.

Na ocasião do julgamento, o juiz Lourival Machado determinou a prisão dos réus para imediato cumprimento da pena. No entanto, eles foram soltos pouco tempo depois por ordem do Tribunal de Justiça de Goiás, podendo aguardar em liberdade o julgamento do recurso contra a condenação.

Na sessão de hoje, o advogado Rogério Rodrigues de Paula fará sustentação oral em defesa de Marcus Vinícius. Já os advogados Ricardo Naves e Thales Jaime representarão os demais réus.

Defesa

Por quatro votos a três, os jurados entenderam, em novembro de 2022, que Sampaio foi o mandante do assassinato, como sustentando pelo Ministério Público. O motivo seriam as duras críticas feitas pelo radialista à diretoria do Atlético Clube Goianiense, do qual, na época, ele era vice-presidente.

Durante interrogatório, Sampaio, no entanto, negou qualquer envolvimento no crime. E disse que sempre foi injustiçado. Os demais réus também negaram participação no caso.