A atitude de uma escrivã do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF/Deic), em Goiânia, chamou a atenção dos colegas de trabalho. Um homem surdo chegou ao local para registrar um boletim de ocorrência. Com dificuldades para entender o que havia acontecido, Keithe Amorim se desdobrou para ajudar.
Como não compreendida os gestos feitos pelo homem na tentativa de se fazer entender, a escrivã entrou em contato com uma professora, que é intérprete de libras, e que mora em Jataí, município localizado a 325 quilômetros da capital. Por meio de uma videochamada, Janaína Aparecida Silva conseguiu ajudar no registro do caso.
Normalmente, casos desse tipo são registrados pela Delegacia Virtual, na internet. Mas, ao perceber que a vítima era pessoa humilde, a escrivã decidiu atendê-lo no local. No início da videochamada, o homem estava visivelmente nervoso. Mas, aos poucos, com a ajuda da intérprete, ele conseguiu se expressar para contar o ocorrido.
Saidinha de banco
O homem havia sido vítima de uma “saidinha de banco”. Conforme narrado na ocorrência, no dia 1º de junho, ele foi à uma agência da Caixa Econômica Federal na Praça do Trabalhador para sacar R$ 1 mil. Já eram quase 22 horas quando um homem em uma moto vermelha anunciou o assalto. Sem reagir, o auxiliar de produção entregou tudo o dinheiro que havia recebido do seguro desemprego.
Por ter passado por uma situação semelhante há quase 10 anos, a intérprete de Libras afirma que se comoveu com a situação. Janaína conta que estava com um grupo de alunos, no qual havia um jovem surdo, que não entendeu a situação de violência que estavam sofrendo. Ela lembra que foi ela quem explicou também o que estava ocorrendo ao rapaz. Com informações do Sinpol-GO