Sinpol-GO reclama de salário baixo ofertado em concurso ao Ministério da Justiça

Representantes do Sinpol-GO são recebidos no Ministério da Justiça
Representantes do Sinpol-GO são recebidos no Ministério da Justiça, em Brasília (DF)

O pagamento do salário mais baixo do país, de R$ 1,5 mil brutos, aos policiais civis substitutos – no concurso cujo edital será lançado na próxima semana – e o número crescente de mortes violentas e ataques a policiais civis estão entre os assuntos tratados em audiência na manhã desta quinta-feira, 21, entre diretores do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e o secretário-executivo do Ministério da Justiça, José Levi Mello do Amaral Júnior.

O ministro participou apenas do início da audiência, tendo de se ausentar para fazer coletiva de imprensa sobre a prisão de acusados de tramar atentados terroristas durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, mas a reunião prosseguiu sob comando de seu substituto imediato. O presidente do Sinpol, Paulo Sérgio Alves de Araújo, e os diretores Antônio da Costa (Jurídico) e Keithe Amorim (Social), pediram a colaboração do Ministério da Justiça em relação à criação dos cargos com salários mais baixos do que os dos últimos concursos (para isso, foi preciso aprovar lei na Assembleia Legislativa), embora reconheçam a autonomia do governo do Estado em relação à administração estadual.

O crescente número de mortes violentas de policiais, que também têm sido vítimas de outros tipos de crimes, também foi tratado durante a reunião, que contou também com a participação de representantes da Cobrapol, Fenapef, FenaPRF, Federações e Sindicatos de todo o país.

Foram tratados ainda temas nacionais de interesse das diversas categorias policiais, como a necessidade urgente da aprovação da Lei Geral da Polícia Civil, visando a padronizar tópicos comuns à instituição; a necessidade do fim da Força Nacional, considerando que o efetivo policial dos Estados ficam prejudicados; manifestação contrária à inclusão no CPP do delegado de polícia como autoridade policial; concessão do porte de arma a policiais aposentados; negativa à autonomia financeira da PF; inclusão dos termos “integralidade” e “paridade” na LC 144/2014, a qual reza sobre a aposentadoria especial, considerando que a omissão tem prejudicado policiais civis de todas as unidades federativas, já que as administrações estaduais têm buscado oferecer resistência na concessão; riscos e resultados do monopólio da indústria de armamento Taurus.