Apesar do corte no orçamento membros do MPU continuam recebendo auxílio-moradia

Em assembleia realizada esta semana, os servidores da Procuradoria Regional do Trabalho da 18ª Região (PRT-18ª) se manifestaram contra as medidas anunciadas pela administração de promover medidas para contenção de despesas no órgão. Há tempos, a categoria questiona a política de gerenciamento de recursos no âmbito do Ministério Público da União.

Para os servidores torna-se impossível compreender como, em meio a uma grave crise econômica, é aprovada a Medida Provisória nº 711/2016, que abre crédito extraordinário para garantir o pagamento do auxílio-moradia aos membros e promove cortes significativos nas verbas destinadas ao custeio (entre elas, estão recursos destinados ao pagamento de água e energia elétrica).

Além disso, a classe também aponta que ainda persiste o impasse em relação à reposição salarial da categoria, que completou 10 anos sem a reposição plena da inflação, enquanto os membros do MPU tiveram assegurados reposição inflacionária e outros benefícios nos últimos dois anos.

A única exceção em benefício dos servidores, aponta a categoria, durante a “década perdida”, foi a reposição inflacionária de pouco mais de 15%, percentual dividido em três parcelas de 5% ao ano, ocorrida por iniciativa da Presidência da República. “O Executivo foi que se mobilizou enquanto se esperava forte atuação do Procurador-Geral da República em prol dos servidores, na proporção daquela empregada aos membros”, pontua.