Pleno do TRT vai analisar pedidos da OAB sobre mudança de horário de atendimento e respeito aos advogados

Marília Costa e Silva

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás, Aldon do Vale Alves Taglialegna, deve levar para apreciação do Tribunal Pleno dois pedidos feitos pela seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO). O primeiro deles diz respeito ao pedido para que a corte volte atrás na decisão de mudar o horário de funcionamento da Justiça do Trabalho no Estado, que passou a ser das 8 às 16 horas.

A OAB-GO também quer que o TRT-GO dispense aos advogados o mesmo tratamento dados os juízes, servidores e procuradores de justiça, que não precisam dispor seus pertences para inspeção na entrada do órgão. Atualmente, os profissionais têm de passar por porta detector de metais e seus pertences são vistoriados.

A informação de que os pedidos da OAB serão apreciados pelo Tribunal Pleno foi dada ontem durante reunião de Taglialegna com o presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, juntamente com uma comitiva da instituição. O presidente do TRT explicou a Lúcio Flávio que a mudança de horário foi decidida com intuito de reduzir gastos, já que as verbas enviadas para o Tribunal foram diminuídas de forma considerável.

Apesar de reconhecer essa dificuldade orçamentária, Lúcio Flávio ponderou que a mudança afeta especialmente o jurisdicionado, bem como a advocacia. “Ao mesmo tempo em que estamos do lado do Tribunal, na busca de soluções que resolvam essa questão do corte orçamentário, insistimos que a redução drástica do horário prejudica por demais o jurisdicionado com o cancelamento de audiências, alongamento das pautas e morosidade na prestação jurisdicional”, ressaltou.

Segundo Taglialegna, o TRT conta com o apoio de mobilização da OAB-GO, tanto em âmbito local quanto nacional, para conscientizar o Congresso Nacional acerca da crise que tem afetado a Justiça do Trabalho. “Espero o apoio da Ordem para tentar impedir novos cortes no ano que se segue, bem como na luta contra a precarização da entrega da prestação jurisdicional aqui, nesse Tribunal”, salientou.

Prerrogativas
Presente ao encontro, o presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas, Bruno Pena, também levou um ofício ao presidente do TRT, solicitando que a classe seja tratada da mesma forma que juízes, servidores e procuradores de justiça, que não precisam dispor seus pertences para inspeção na entrada do órgão.

Estiveram presentes na reunião os presidentes das Comissões de Acompanhamento Forense, Fabrício Antônio Almeida de Britto; da Diversidade Sexual, Heliane Rocha; da subcomissão de Justiça do Trabalho, da Comissão de Direitos e Prerrogativas, Fernando Mendes; a presidente da Associação Goiana dos Advogados Trabalhistas (Agatra), Arlete Mesquita; e os conselheiros seccionais Sérgio Murilo e Ricardo Gonzalez. Com informações da OAB-GO