Piloto que agrediu advogada descumpre medida protetiva e terá de usar tornozeleira

Advogada filmou cenas da agressão sofrida
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O piloto Victor Augusto Junqueira Amaral, de 24 anos, filmado agredindo a então namorada, a advogada Luciana Sinzimbra, de 26, em Goiânia, deverá usar tornozeleira eletrônica. A decisão judicial foi tomada após a vítima denunciar que o ex ligou e mandou mensagens, apesar de uma medida protetiva obrigar o rapaz a se manter distante dela por no mínimo 300 metros e não entrar em contato sob qualquer hipótese.

A determinação de uso de tornozeleira é da juíza Leila Cristina Ferreira. Advogado do piloto, Romero Ferraz informou que vai recorrer da decisão, pois o cliente não descumpriu a ordem judicial. Segundo a defesa, a ligação foi feita pela mãe do jovem, com o celular dele, mas sem consentimento de Victor, que mandou uma mensagem para explicar a situação.

O caso

No dia 14 de dezembro do ano, Victor, que é filho do ex-prefeito de Anápolis Eurípedes Junqueira, e a namorada teriam se desentendido. Ele teria iniciado as agressões à vítima, que, em determinado momento, conseguiu iniciar uma filmagem com o celular, que estava escondido. Nas imagens, o rapaz é visto atingindo a jovem com tapas, segurando-a pelo pescoço e dando um murro em sua cabeça.

No dia seguinte, a advogada, que é de Anápolis, procurou a Delegacia da Mulher, na capital, cidade onde ocorreu o fato. Naquela data, segundo Ana Elisa Gomes, os procedimentos foram iniciados, incluindo o pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência, que foram concedidas por juiz plantonista e determinam que Victor não se aproxime ou entre em contato, por quaisquer meios, com a vítima. “Ela diz que ele é nervoso, destemperado, e que já tinha cometido alguns atos de violência, como tapas e empurrões. Mas nada dessa proporção”, diz a delegada.

As imagens registradas se tornaram públicas, disseminadas pela internet. Em suas redes sociais, ela pediu que a filmagem não seja mais divulgada. De acordo com a titular da Deam, a advogada diz que não foi a responsável pela publicação, que teria ocorrido por meio de terceiros. “A vítima está constrangida com a exposição. Ela está sendo exposta. É como se estivesse sofrendo uma nova violência”, diz Ana Elisa.