Oferecida denúncia contra detento acusado da morte de Cadu em presídio

O Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra o preso Nilson Ferreira de Almeida, pela morte de Carlos Eduardo Sundfeld, conhecido como “Cadu”. Segundo apontado na denúncia pelo promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, o crime ocorreu no dia 4 deste mês, às 10 horas, durante o banho de sol dos detentos, no pátio do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia.

Conforme apurado, o denunciado ficou sabendo que a vítima havia escrito uma carta, a qual foi interceptada, relatando que planejava matá-lo. Desse modo, na manhã do dia 4 de abril, Nilson de Almeida, que estava preso na mesma ala de Cadu, ao avistá-lo no pátio, resolveu tirar satisfação quanto ao conteúdo da carta. Na confusão, o réu passou a desferir diversos golpes contra a vítima na região entre o abdômen e o pescoço, utilizando um objeto artesanal pontiagudo, conhecido entre os presos por “chuço”, e a deixou agonizando.

A vítima
Em agosto do ano passado, Cadu foi condenado a 61 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, por duplo latrocínio, receptação e porte ilegal de arma de fogo. Os latrocínios (roubos seguidos de mortes) foram cometidos em Goiânia contra o estudante Matheus Pinheiro de Morais e o agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes D’Abadia em agosto de 2014. Ele também é o assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vilas Boas. Por esses crimes, ele foi considerado inimputável, sendo-lhe aplicada medida de segurança.